Uma boa parte da parte difÃcil de ser mãe reside na constante sensação de culpa que acompanha o cargo. Culpa por ter trazido a minha filha para este mundo sem saber se vou saber ensiná-la a viver com ele, culpa por cada pequena (minúscula) opção que se faz (nas coisas mais Ãnfimas) sem ter a certeza de ser a opção melhor, culpa por pedir aos meus pais que ficassem com ela toda a tarde de hoje para eu ficar a dormir (a dormir!) na tentativa de recuperar das muitas horas a menos de sono dos últimos meses, culpas reais e culpas ridÃculas (da marca da papa à escolha do infantário), responsabilidade, responsabilidade, responsabilidade. Acompanho a saga da Heather do outro lado do mar e releio a carta que me escreveu uma amiga agora grávida (tantas amigas grávidas, de repente!). Creio que nada na vida é ao mesmo tempo tão desejado e tão pesado como a maternidade. Só ela tem o poder de nos manter em constante vigÃlia, mortas de cansaço, e a adorar cada segundo.
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