Não é todos os dias que se vê publicada uma entrevista em Chinês. Esta saiu na revista dpi Magazine, de Taiwan. Entre os outros representados (num número dedicado ao character design) está o ilustrador catalão Alex Noriega.
Monthly Archives: February 2007
beta
Enquanto a remodelação d’A Ervilha Cor de Rosa avança aos poucos, resolvi publicar já a nova versão da loja, mesmo que muitos links ainda não vão dar a lado nenhum e as prateleiras estejam pouco recheadas. O endereço é www.aervilhacorderosa.com/shop e estreio-a com dois slings especiais, feitos com tecidos Marimekko. O das fotos deste post chama-se Unikko, está provavelmente no top dos padrões mais famosos do mundo ocidental e desde 1964 que corre o mundo.
E, por falar em slings, o melhor post que li sobre o assunto até hoje: Still fits.
Quanto à loja, agradeço todos os comentários e sugestões que me possam deixar.
4
Há exactamente quatro anos estava a dar de mamar numa maca estacionada num corredor, a poucos metros da box onde a E. nasceu, na MAC. Os regulamentos da altura mandavam que os recém-nascidos de parto normal passassem a primeira hora de vida no berçário (pelo menos nisso a instituição melhorou entretanto) mas o meu ataque quase histérico de choro quando ma levaram comoveu (não a primeira dúzia de médicos e enfermeiros a quem implorei mas) o meu querido ecografista que, por feliz coincidência, estava de serviço nessa manhã.
O quarto ano da E. foi cheio de emoções e novidades. Foi o ano em que ela deixou de se poder gabar (como sei que fez uma vez na escola) de que a minha mãe nunca grita, em que lutámos pela sesta (eu gravidÃssima e a querer dormir, ela a recusá-la terminantemente), passou para a sala dos grandes e a escola ganhou uma importância que não tinha tido antes (grandes amigos, brincadeiras, parvoÃce, decibéis). Foi o ano do cor de rosa, dos vestidos e da piroseira, da dedução, imaginação e cantorias permanentes, o ano em que largou a chucha e aprendeu a ler. Foi, ainda por cima, o ano em que deixou de ser filha única.
o mundo mudou
Não me consigo habituar ao novo Público. Não gosto do espalhafato fruta-cores do novo design, aquele P de cor indefinida na capa não me diz nada, abomino a nova Pública, tomada de assalto pela Xis (suplemento cujo anunciado fim tinha entendido como um bom prenúncio). Desagrada-me o encher de páginas com imagens desfocadas, feias e inúteis, vou ter ainda mais saudades dos tempos em que o jornal dava trabalho aos melhores ilustradores e mesmo de algumas boas fotos de arquivo que à s vezes repetia. O que eu quero de um jornal não é um suplemento gordo de variedades que tanto podiam ser publicadas hoje como daqui a quinze dias, sao mesmo as notÃcias. De preferência a preto e branco, preto no branco, com um grafismo menos à jornal gratuito e uma paleta menos TVI. De preferência com menos erros de concordância e menos escrita light.
Desde que me lembro que tomo o café com leite a ler o Público. Lia-o em casa dos meus pais e li-o na minha primeira casa, li-o de cigarro na mão à mesa do café, li-o quase todos os dias até esta mudança. Foi nas suas páginas que os meus bonecos apareceram impressos pela primeira vez, foi nele que (graças ao Ar.Co e ao Salão Lisboa) cheguei a publicar algumas ilustrações, foi o cabeçalho do Henrique Cayatte que a E. aprendeu a reconhecer e soletrar quando ainda usava fraldas. Nenhum dos jornais alternativos me convence. O meu café com leite está órfão.
#675
wip
Estou na segunda semana de trabalhos e a nova versão do site ainda não está muito perto de estar pronta. A ideia é actualizar alguns conteúdos desactualizados e simplificar o trabalho a quem tenta encontrar alguma coisa aqui e aqui, envolvendo tudo num layout mais leve. As sugestões são bem-vindas.
cor de ameixa
No meu roxo preferido. Mais um sling na loja.
#674
a melhor portuguesa
à princesa
A educadora da E. acha que eu sou fundamentalista, mas não é verdade. Eu sou é activista anti gordura hidrogenada, aditivos na comida e piroseira indiscriminada. E (também) não sou grande adepta do Carnaval escolar. No ano passado foi assim (o que ela cresceu!) e este ano também consegui não complicar mais do que o necessário, ou seja concentrar-me no que ela quer e a faz feliz – verniz para as unhas – e não no que é que as outras crianças vão vestir. Meio metro de cetim digno das marchas de Lisboa transformado ontem a desoras num manto, três pedras preciosas cosidas ao vestido de veludo, uma tiara et voilà . Era mesmo isto que eu queria, mãe. Era mesmo isso que eu queria ouvir, filha. Mas eu gosto é das máscaras que ela inventa.