Uma das muitas coisas boas de Lisboa é o pão. Aqui no Bairro Alto pode-se comer bom pão e diferente todos os dias. Não estou a falar de pão caseiro, biológico nem gourmet, e muito menos do enganador pão quente, mas sim do bom pão da padaria, feito atrás da loja durante a madrugada, e dos que várias mercearias recebem diariamente, de trigo, milho ou centeio, vindos de outros pontos do país e feitos só de farinha, fermento, água e sal. O da fotografia foi o nosso pão de segunda-feira:
Pão do coração da Panificação das Mercês
Pronto mais ou menos a partir das 10h, de segunda a sábado, e geralmente disponível nas versões mal cozido (na foto) e bem cozido (dependendo da disposição das padeiras).
No dia seguinte, quando sobra, dá umas magníficas torradas.
O saco (ou bolsa ou taleigo) fi-lo há já umas semanas. Escolhi só tecidos que, pelos padrões e cores, pudessem ter pelo menos a minha idade e acho que ficou com um simpático ar alentejano (os tecidos são: 1, 2, 3, 4, 5).
Tenho de dar esta dica do pão à V.
De cada vez que vou ou alguém vai aí a cima oiço: “mana, traz-me/manda um pão da Ferradeira…” e lá vai um “panito casêro” para a “pequena” :-)
hummmmmm pão assim também tenho aqui ao pé de casa e sempre que me lembro levo para amigos onde vou almoçar. quentinho e com manteiga é do melhor!
oferecer de presente um pão é sempre magnífico!
O pão tem óptimo aspecto, mas parece-me quase raro. Vivo às portas de Lisboa, por aqui a maioria das padarias já fechou e o pão que se vende de pão só tem o nome, por isso optei por fazer o pão em casa, sem recurso a máquinas e até me tenho saído bem.
O saco ficou um mimo e fez-me lembrar os sacos que a minha avó fazia. Fiquei com uma enorme vontade de pôr mãos à obra e tentar fazer um idêntico.
Ficou muito bonito o saco do pão, imagina que cá em casa ainda se faz pão, broa como lhe chamamos do modo mais tradicional que pode haver, sem fermento, é usado o isco (que é um bocadinho de massa da fornada anterior que se guarda hermeticamente numa caixinha no frigorífico e para ser usado na próxima fornada).Um dia destes mostro umas fotos, já que não posso colocar aqui o verdadeiro cheirinho do pão caseiro acabadinho de fazer ;)
tenho tantas saudades do pão de Lx…
Bom proveito!
Que delicioso.!!!!
O pão é a minha perdição.
Fico feliz de saber que Lisboa tem esses tesouros…
O seu taleigo parece antigo.
Se me permite Rosa, vou contar aqui a história do “Taleiguinho Solidário” da minha amiga Lucia:
A minha amiga Lucia é alentejana e veio já há alguns anos trabalhar para a biblioteca de Monchique.Assim conhecemo-nos e tornamo-nos amigas.
De há quatro anos para cá, que um grupo de mulheres residentes aqui na serra, de diferentes nacionalidades,de partes do país e naturais da terra ,nos reunimos num encontro anual.
Este ano foi no sábado,num almoço pela tarde na casa de chá da Isabel-ÓCHÁLÁ-
Nestes encontros, comemos, partilhamos ideias,divulgamos os nossos trabalhos, trocamos prendas entre nós feitas por nós próprias, e angariamos fundos mediante a venda de rifas com prémios doados, para o Orfanato-Abelha Obreira e a Escola Bengala Branca de crianças cegas da Guiné-Bissau.
Todos os anos a minha amiga Lucia participa e todos os anos entrega-me o seu taleiguinho(é muito pequenino)cheio de euros que recolhe junto da sua familia alentejana, para juntar aos fundos angariados no encontro.
Este ano surpreendeu-nos também com a prenda que trouxe para partilhar. Era um taleigo de quadradinhos que foi fazendo ao longo dos anos com a sua filha e este ano terminou para presentear uma mulher.Que feliz ficou a que o recebeu.
…e a história do Taleiguinho Solidário da Lucia deu-me a ideia de uma campana para a angariação de mais fundos para este Orfanato e Escola ….que posso dar mais informações se alguem o desejar.
Muito obrigada , pelo o espaço que me deu para esta história.
Um beijinho,
Clara
tb somos fãs do pão do coração como na música “recado”
http://www.myspace.com/osquais
Hum…. até aqui cheira, estas fotos abriram-me o apetite, acho que vou ter que ir comer uma fatia de pão com manteiga…. açoriana!
O saco tem mesmo ar de alentejano sim senhora!
E que tal uma açorda com esse pão?
Que lindo saco e o pão cheira bem mesmo daqui:)
I have resisted serving the gourmet breads here at our café. I have such good bakeries “saloios” with such good bread, real bread. Maybe it is not the best business decision but it is the tastiest :)
I love the bag….
Mary
Olá
Uma das vantagens de morar numa aldeia quase esquecida do interior é essa. O pão é sempre do melhor, e nestas aldeias ainda há quem coza o pão no forno da aldeia e nos sábados pela manhã somos invadidos por aquele cheiro bom de pão a cozer…
Não há nada melhor que um pão caseiro ainda quentinho com manteiga.
O saco ficou mesmo com ar alentejano, ficou lindo.
Beijos
Zita
http://acasinhadaaldeia.blogspot.com
cresci a pao de mafra… e as saudades que tenho….
Ai! Pão!!! Adoro pão!
Também uso saco de pano quando vou ao pão. Mas o meu é um saco açoriano daqueles que os meninos da ilha do Pico usam para pedir pão-por-Deus porque não sei costurar :)
Ah! Esqueci-me de acrescentar que acho que o seu saco é muito bonito :)
Que belo post, Rosa. Adoro pão, deste mesmo a sério, com côdea – Do fresco acabado de comprar na padaria ( com aquele cheirinho inebriante) às torradas. É uma das coisas boas de viver no Alentejo. Também se encontra pão Alentejano por aí, mas não é a mesma coisa ;)
O teu taleigo é lindo e sem dúvida, o método mais eficaz que conheço para conservar o pão sem perder muita humidade
Taleigo (ou “talêgo”, como se diz na minha terra) com ar genuinamente alentejano!
E esse pão tem um ar muito apetitoso… só de olhar já dá fome. E as torradas… ai meu Deus, já estou a salivar! ;o)
Esse pão do coração é muito bom! Tenho uma amiga que vive na Bica e o vai buscar todos os dias;)
Fui este fim de semana ao Alentejo e tive o prazer de comer o verdadeiro pão caseiro, servido com todo o requinte em taleigos cheios de história….
http://www.flickr.com/photos/47034529@N08/4343138035/in/set-72157623264729069/
Pensei de imediato em ti! ;)
beijos,muitos
um pouco por todo o país há bom pão, até em sítios improváveis como hipermercados compro bom pão. No “continente” compro um bocado de pão com cerca de 1 kg que me fatiam na hora (o pão gigante tipo alentejano deve pesar uns 5 kg). Aquela coisa que se faz nas máquinas pode ser bom ou mau, mas não é pão.
eu também moro num sítio que tem dessas padarias, onde embrulham o pão em papel pardo ou põe nos sacos de pano que as pessoas levam. como tenho a colecção da minha avó, acho que provoco alguma inveja quando lá vou…
Que saudades!!!! :)
Que saudades do pãozinho português… e o talego lembra-me os da minha família (feitos em crochet, patchwork, etc) :)
Cá em casa é só pão feito na máquina do pão. Moro numa zona do país (nem vou dizer qual é) onde o pão é absolutamente horroroso. Que saudades das padarias da margem sul do Tejo… :) Onde também há bom pão é no Algarve. É simplesmente maravilhoso. É impossível comer só uma fatia. ;)
não sei viver sem pão e quero o workshop dos taleigos
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Hmmm, que delícia! Adoro pão fresco de padaria. Pena não ter nada do gênero aqui por onde moramos. Mas a gente faz muito pão em casa, usando sourdough (não sei o nome em português, massa azeda?)que também é delicioso. Adorei o saco do pão, a combinação dos tecidos está linda.
Não posso comê-los para posso imaginá-los. De açores, de aletejo, não importa…o que importa é que mesmo além mar, do outro lado do Atlântico, aqui nos Trópicos, aqui no Brasil…onde a grande maioria dos padeiros são portugueses ou descendentes amamos os pães. Lindo os sacos de pães…minha vó os fazia. Ah! como é bom ver belas coisas.
Olá Rosa, aqui fica a foto do pão que a minha mãe faz cá em casa:http://retalhosdamemoria.blogspot.com/2010/02/do-carnaval.html Bjs
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Apaixonei-me por Portugal em todos os sentidos.
O pão é sublime. Comi vários tipos e, por não anotar na hora, pouco me lembro dos nomes.
Mas os sabores… ah, destes eu não esqueço!!
E apreciar um pão bem feito com uma boa conversa foi o que não me faltou. Como os portugueses de conversar!! E sempre um assunto especial, cativante, com histórias e mil imagens que eu pude trazer na mente.
Fui até sua Retrosaria, tinha outras clientes e eu fiquei tão “passada” por estar ali que acabei saindo sem levar o livro (quanto arrependimento) e sem conversar sobres as lãs. O jeito vai ser repetir o passeio.
A idéia do saco para pães me aguçou a vontade de costurar um. Bem colorido. Com as cores de Portugal.
Abraço,