Não há quem não tenha reparado nas bonitas bandeirolas do João Fazenda espalhadas por aÃ, mas só há pouco tempo se percebeu que correspondem de facto a uma exposição no Museu da Cidade (eu bem que olhei para elas à procura de mais informação e não está lá). A exposição, essa, começou só em Fevereiro e já está mesmo a acabar, mas merece uma visita de última hora, com ou sem crianças. É um óptimo exemplo de boa selecção de peças, contextualização e montagem. Read more →
Monthly Archives: March 2010
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sacos, bolsas, taleigos
Foi o workshop mais intenso e divertido até agora. Cada participante tinha de trazer uma peça de roupa velha para partilhar entre todos. De quatro camisas de homem, a barra de uma saia e partes de lençóis antigos (eu contribuà com o das flores cor de rosa) nasceram cinco sacos lindos, feitos a preceito e com borlas e tudo. Read more →
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A fechar uma semana de coisas novas na Retrosaria, dois postais. Nem sei como é que deixei passar tanto tempo desde os últimos. No dia em que percorri as minhas fotografias à procura de uma que me apetecesse imprimir, foram estas duas, tiradas em datas e lugares distantes, que sobressaÃram. Não deve ser coincidência terem as mesmas cores.
pão nosso (3)
Dizer pão de forma é quase um paradoxo, porque quando é de forma raramente é pão digno desse nome. Este é a excepção e presença obrigatória no guia informal dos bons pães que se vendem aqui no bairro (ver também o primeiro e o segundo que referi): o belÃssimo pão de centeio em forma da Panificação das Mercês. Só se faz à quarta-feira e convém reservar de véspera. Combina tão bem com sandes tipo gourmet, com cottage, nozes e rúcula, como com a nossa gulodice preferida: barrado com manteiga e polvilhado com açúcar e canela.
portugal porta-bebés
Não tenho conseguido ir mesmo todas as semanas à biblioteca como pretendia, mas sempre que vou regresso contente. Um excerto de um dos artigos que li hoje, escrito por José Júlio César em 1922:
Se precisam de agasalhar ou conduzir ao colo uma criança, deitando-a sobre uma das pontas [da capucha] e passada a outra por baixo desta, levam as mães os filhinhos encostados ao coração, podendo levá-los sopesadas da cabeça e ombros, enfardados e estendidos quase como se estivessem no berço. Desta forma devia ter trazido a Virgem Mãe ao colo, envolto em seu manto, verdadeira capuchinha, o Deus Menino.
É tão cómodo e prático este modo de trazer e acalentar crianças que as mães, ou quem assim as leva, ficam com os movimentos livres para fazerem qualquer serviço, e até para conduzir qualquer coisa à cabeça. pois sabem aconchegar e enrolar os filhos de tal modo que podem fazer largos trajectos sem precisarem do auxÃlio das mãos e braços para os transportarem.
Esta imagem, que publiquei há algum tempo, ilustra bem o texto.
alentejo
Uma viagem combinada há meses. Encontro marcado na antiga Casa do Povo. Na sala que foi de baile, uma velha estrela pintada em volta do candeeiro, grinaldas azuis e amarelas. Dez mulheres silenciosas sentadas na penumbra, todas com idade de avós ou mais que isso. À minha espera.
Hei-de mostrar o que me ensinaram.
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de vinhais
Da Madragoa seguimos para Oeiras para ver a mostra de gastronomia e artesanato de Vinhais que decorreu no mercado municipal. Entre muitas bancas de enchidos encontrei a D. Hulema Pires, fazedora de cestos e de meias de lã. Comprei-lhe um par para a minha colecção e aproveitei para ficar um bocadinho à conversa. Fiquei a saber que a lã (muito semelhante a esta) fora fiada por ela num fuso todo em madeira. Para tricotar um par de meias disse-me que leva um dia inteiro e mais uma noite a trabalhar depressa.
Em frente à D. Hulema estava uma senhora (não registei o nome) a quem perguntámos o que era a coisa de ar apetitoso e estranho dentro de uns sacos. Explicou-nos que era (e o que era) cusco. Para mim, que sou grande apreciadora de couscous desde que me lembro, foi uma total novidade. Perguntámos como se fazia e como se cozinhava e naturalmente não lhe resistimos. Entretanto descobri este lindo documentário sobre o cusco: Read more →
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No Domingo de manhã rumámos ao Lavadouro da Madragoa para fotografar duas mantas novas feitas para a loja (a outra já encontrou novo dono). Só tivemos uns minutos (estava a fechar), mas elas andaram deliciadas atrás de um gato quase gémeo da Twitter que encontrámos a dormir refastelado nuns edredons. Read more →