Passei boa parte do fim-de-semana a fazer mais estojos. Este foi feito com o burel mais fino, sob o qual feltrei pedacinhos de lã com esta ferramenta. Os outros modelos, que não vão aparecer já por aqui, deverão estar na Retrosaria em breve.
Monthly Archives: August 2010
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Um retrato meu feito pela A., que tem por aqui tão menos tempo de antena do que a E. teve. Não é que tenha menos tiradas dignas de memória (ainda ontem nos pôs a todos a rir por pensar que o plural de bispo – a peça de xadrês – fosse bichos pu). É só a sina (e cada vez mais acho que também a sorte) dos segundos filhos.
Em baixo, um top da Annie Larson, designer-maker de Minneapolis cujo trabalho sigo desde o ano passado. Depois de muito tempo a namorar as suas cores e padrões fantásticos, não lhe resisti. Ao estreá-lo, ontem, apercebi-me de que foi a primeira peça de roupa que comprei este ano para mim. Fazer é poder.
para pôr coisas dentro
Depois dos da E., um para mim. É feito com dois quadrados de burel (idêntico ao feltro de lã mas um bocadinho mais espesso). Foi mais rápido de fazer por não precisar de forro nem de bainhas e é grande que chegue para levar umas meias meias feitas na mala comigo para todo o lado. Já desconfiava que este material seria bom para fazer estojos (um para o portátil também está nos meus planos), mas agora tenho a certeza. Read more →
rentrée scolaire
De regresso à loja, à s novidades e à máquina de costura, fiz os dois estojos de que a E. precisa para a escola: um para os marcadores e outro para todas as outras coisas necessárias a uma menina da segunda-classe. pelo tamanho e proporções lembram-me uma caixinha de bolos de pastelaria. Num usei ganga e no outro este tecido japonês. O forro de ambos é este, que já tenho usado em muitas outras coisas. Read more →
traje à vianesa
Há muito tempo que não estávamos em Viana nas festas de Nossa Senhora d’Agonia. Este ano também não assistimos aos desfiles mas passeámos um bocadinho pelo centro na sexta-feira de manhã. As ruas estavam apinhadas e, com duas crianças pela mão, tirar fotografias decentes foi impossÃvel, mas não podia deixar de tentar registar o que mais me impressionou. Não foi o facto de serem e tantos os grupos de mulheres trajadas à vianesa e a participação empenhada nas festas continuar a fazer parte da vida de tantas adolescentes da região. Foi a forma como se vestem muitÃssimas das pessoas que vão a Viana ver as festas. Não sei se é uma novidade ou não, mas foi aquilo que tive mesmo pena de não fotografar melhor: o traje à vianesa 2010. O seu elemento principal é o lenço (quase sempre a versão corrente, em viscose ou poliéster) dobrado em triângulo e atado à cintura, desviado para um dos lados. De resto, a toilette varia: calças de ganga justas e camisa à vianesa de produção (semi-?) industrial, em linho ou algodão branco bordado a azul (ou, mais raramente, vermelho), com brincos de filigrana a rematar são a combinação mais frequente. A alternativa, mais arrojada, compõe-se na mesma de calças justas quase sempre de ganga, t-shirt branca justa, colete bordado (alguns deles lindÃssimos) e ainda, nalguns casos, chapéu preto, baixo, de homem. Ficam as imagens possÃveis e uma montagem para explicar melhor a ideia. Read more →
feira de barcelos
Gamelas de madeira, coelhos, armadilhas para toupeiras, espadelas, cordas, couves, armários louceiros, cestos, tapetes de trapo, regueifas, galinhas e patos, foices, galos de Barcelos (claro), cata-ventos, sementes, cestos, lenços e flores são algumas das coisas que se encontram nesta feira, que é a mais impressionante e rica que conheço. Se pudesse teria ficado lá o dia todo. Read more →
☠☠â˜
Na famÃlia da minha mãe há uma mulher que tenho particular pena de não ter conhecido. Irmã da minha bisavó, a sua memória persiste tanto pelo percurso pessoal de exilada polÃtica durante a ditadura como pela dieta excêntrica de chá, torradas e alcachofras que consta serem tudo o que ingeria nos últimos anos de vida, como ainda pelas muitas peças que coseu ou bordou ao longo da vida, algumas das quais sobrevivem a uso nas nossas casas ainda hoje. Descobri numa das últimas idas ao Porto as caixas em que coleccionava recortes de jornal sobre a história dos tapetes de Arraiolos e das colchas de Castelo Branco, projectos de bordados e figurinos de revistas. A manta de retalhos das fotografias foi feita pela tia Lina entre os anos cinquenta e sessenta (a julgar pelos desenhos dos tecidos), provavelmente no Brasil, e os tecidos de viscose que usou seriam provavelmente de mostruários pertencentes ao meu bisavô, mas isso é uma parte da história que ainda tenho de investigar mais a fundo. Read more →
museo do pobo galego
Ainda em Compostela visitámos o Museo do Pobo Galego, um museu etnográfico dos finais dos anos 70 onde a contextualização das peças se faz sobretudo através de ilustrações e dioramas. Nem todos os museus podem ser de ponta e neste há muito que ver. Read more →
de compostela
Diz-me o Tiago que a Monocle Mediterraneo traz um artigo sobre mosaico hidráulico. Estes são de Santiago de Compostela, onde estivemos há uns dias. Quase de regresso a Lisboa e as férias quase todas por contar, que a praia chama e há muitas amoras por colher. Read more →
festas d’assunção
Passámos pela Póvoa de Varzim no dia das Festas d’Assunção. Chegámos mesmo a tempo de ver as colchas a decorar as janelas da rua principal do percurso da procissão. Quase todas de crochet branco, algumas delas com um pano vermelho por baixo para tornar mais vistosos os desenhos. É uma tradição que adoro e que não sei se se pratica para lá da PenÃnsula Ibérica. Por estarem quase todas em andares mais altos não é fácil fotografá-las bem, mas fica uma pequena amostra. Read more →