Outra aldeia. Passeamos a seguir ao almoço numa das tardes mais quentes do ano. Uma senhora sentada convida-nos a entrar em sua casa para as meninas verem os gaticos. O alforge (em mirandês são alforjas) à vista perto da porta chama-me a atenção. Conversamos. Os gatinhos fugiram mas há galinhas. E uma casa que parece um museu cujas portas se abrem a desconhecidos.
Há um forno de pão de onde noutros tempos saíam roscas doces. A D. Isabel está só e tem um sorriso triste. Partilha connosco uvas, pêras, tomate. Mostra-me a roca e o fuso da mãe, os sacos do trigo antigos, todos em linho, as alforjas magníficas com as suas bolras (aqui o l vem antes do r) às riscas. Que terra esta, tão longe e tão perto de Lisboa. Que diferença o orgulho que aqui se tem no que se faz, no que se planta e no que se sabe. Como disse o Tiago Pereira, e tão bem, dêem-me duas velhinhas e eu dou-vos o universo.
Simplesmente maravilhoso.
Entendes por que quero ficar por cá, não entendes? Cada casa é mesmo um museu. E, cada velhinha, património vivo :)
Então não entendo… O que cada vez menos sei é porque é que ainda estou em Lisboa.
Lindo, fiquei presa ao ecran.
E está em Lisboa porque cá nos faz falta a Retrosaria, se por mais não for claro :)
Sempre magnifico o teu blog, Rosa… Eu gosto tanto de provar a ler a tua lingua cada semana e descubrir as formosuras do campo português.
O segundo blog que continuamente consulto e este :
http://doyoumindifiknit.typepad.com/do_you_mind_if_i_knit/
Escrivo-le para tim porque penso que vas a gostar do amor da vida que se ve en esta companhera e a suas realizaçaos
Bom dia, boa semana. Amistades de Paris
Olá ,
Achei lindo,estou apredendo a tecer também e é espetacular este processo.
Marise
Brasil
:))))))))
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Merci pour ce témoignage extraordinaire, tu nous donne à voir un temoignage précieux de tout ce qu’a été leur vie et se continue. Bravo.
Bernadette