Pensava eu que tinha uma grande colecção de sacos de retalhos até a Maria João Petisca me vir visitar. Mostrou-me os dela, recuperados das arcas da família da zona da Chamusca, feitos pelas mulheres da geração da mãe e da avó da sua avó. Grandes, pequenos, de um tecido só ou de dezenas deles, rotos e por estrear, ainda com a goma original sobre os estampados, cada um mais lindo do que o anterior. Tantos que pôde dar-se (e muito bem) ao luxo de transformar um deles numa saia absolutamente invejável. Aqui ficam imagens de alguns, para público deleite. Obrigada Maria João! Read more →
Posts in Category ‘sacos ou taleigos’
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Da zona de Tomar, feito pela avó da Renata em riscados de algodão.
Comprado pela Inês na feira da ladra (tem entre alguns retalhos os biquinhos que só costumam aparecer em redor das peças)
Feito em Trancoso pela avó da Patrícia.
São como a maçã que nas histórias os meninos levavam à professora, os sacos que tenho a sorte de ver quando há workshop. Fotografo-os, tento saber de que parte do país vieram, quem os fez, e perceber pelos tecidos de quando são.
sacos, bolsas, taleigos
Manhã de workshop na Retrosaria: cinco sacos de retalhos pano construídos a partir de peças de roupa usadas. Em honra à magnífica manta que a Renata trouxe para mostrar (as imagens ficam para um próximo post), todos os sacos ganharam um dos tradicionais biquinhos de tecido que por vezes rodeiam as peças. Read more →
o saco das sementes
Foi o F. que reparou nele, enquanto eu namorava uns pratos do cavalinho actuais (de que fábrica virão?). Estávamos na feira de Miranda do Corvo, onde passámos a manhã de ontem. O dono do lindo taleigo, que lá se chama só saco, achou piada ao meu interesse e disse-me ser o único em que guarda as sementes, porque nos de plástico e de papel estragam-se e neste mantêm-se boas.
desta manhã
Uma mistura de tecidos de cores mansas (quase todos do tempo das nossas avós) e seis pares de mãos a trabalhar durante cinco horas adoçadas com ovos moles, raivinhas e queijadas. O resultado só podia ser bom. Read more →
sacos, bolsas, taleigos
Debret, Jean Baptiste (1768-1848), Boutique de boulanger. Brasil, 1834-1839 (pormenor).
Domingos Rebelo (1891-1975), Os Emigrantes, 1926.
A poucos dias do próximo workshop de sacos, bolsas e taleigos (o primeiro foi assim), um rol de imagens: a de cima é a mais antiga que tenho de um saco de retalhos (à esquerda na mão do rapaz). É um pormenor de uma das célebres gravuras de Jean Baptiste Debret e é interessante por mostrar há quanto tempo se usam estes sacos para ir ao pão. No quadro de Domingos Rebelo, mais ainda que o chamativo saco ao centro, gosto do do lado esquerdo, sobre a arca, que podia ser este, feito daquelas chitas vermelhas brancas e pretas dos finais do século XIX. Haverá certamente muitos sacos por encontrar noutros retratos e fotografias de emigrantes portugueses. A quarta imagem deve ter o taleigo que mais gente viu sem reparar nele (eu própria só dei por ele recentemente). Aparições à parte, é uma lindíssima fotografia. A seguir, três sacos feitos por três avós de participantes do workshop que tiveram a gentileza de os trazer para me mostrar. Read more →
sacos, bolsas, taleigos
Foi o workshop mais intenso e divertido até agora. Cada participante tinha de trazer uma peça de roupa velha para partilhar entre todos. De quatro camisas de homem, a barra de uma saia e partes de lençóis antigos (eu contribuí com o das flores cor de rosa) nasceram cinco sacos lindos, feitos a preceito e com borlas e tudo. Read more →
de ir ao pão
Quando comecei a ir sozinha ao pão (deve ter sido há um quarto de século, mais ou menos), toda a gente levava o seu próprio saco de pano. Quem não levasse pagava dois ou três escudos (que devia ser quase o preço de um papo-seco) por um de plástico. Hoje em dia vêem-se muito poucos sacos de pano na padaria e consta (disse-me uma padeira) que até há uma norma que impede quem vende pão de sequer aceitar pô-lo nos ditos por razões de higiene (que paranóia, sinceramente). Eu e a Dona A. somos duas das resistentes aqui da rua. Ontem armei-me em alfaiate lisboeta dos taleigos e não resisti a pedir-lhe uma fotografia.
A propósito do que e do como comemos, veja-se, reveja-se e recomende-se nas escolas dos nossos filhos: Read more →
retalhos de cá
Este sábado, uma das alunas do workshop da Rita trouxe de propósito para me mostrar a sua colecção familiar de taleigos e almofadas de retalhos. Foram feitos no Alentejo e o mais antigo, enorme e feito de chitas, merecia ser posto na parede. Obrigada pela partilha, Patty! Read more →
planear
Agora que encontrei o cordão perfeito, acho que um workshop de taleigos, feitos à antiga e com todos os mimos, pode ser um bom começo. Em breve começarei a angariar interessados para poder marcar uma data. O das imagens era de uma minha tia-avó e tem um tecido que vale mesmo a pena ver de perto. Read more →