herdei do meu pai o gosto por um certo tipo de organização: a do amor pelas fichas em cartolina, pelas pastas para arrumar recortes de jornais e revistas e pelo desfilar dos livros nas prateleiras. como ele sonho de vez em quando com a base de dados perfeita em que estarão um dia fichados todos os nossos livros e como ele ensaiei tentativas de catalogação entretanto esquecidas que deixaram cotas e etiquetas já sem nexo em algumas lombadas. gosto de sistematizar e de coisas sistematizáveis, de linguagens de programação e de tricot. tenho potencial para ser profundamente aborrecida. não fosse uma certa tendência para o caos que também me (aliás nos) habita e me permite gostar do inesperado, e já viveria por esta altura de redigir manuais de instruções.