Quando comprei a máquina de costura a primeira coisa que tentei fazer com ela foi um vestido para a E. Foi uma experiência frustrante. Por um lado porque a coisa mais complexa que tinha até então costurado tinha sido um saco para o cachimbo do meu pai (há 20 anos) e por outro porque em vez de imaginar um modelo o mais simples possível quis fazer uma coisa muito complicada, com vários tecidos, botões, forro e etc. Parti uma agulha, gastei tecido e fiquei aborrecida com a minha incompetência.
A máquina ficou parada quase três meses. Voltei a pegar-lhe para fazer o boneco número um, que não podia ser mais simples. A partir passei a usá-la quase todos os dias e agora já tenho algum à -vontade com as suas várias partes e funções.
Uma maré de comentários encorajadores levou-me ontem a deitar finalmente mãos ao Projecto VMSE (Vestido Muito Simples para a E.), com o qual sonhava desde Outubro. A parte mais divertida foi deitar a E. no papel de cenário estendido no chão e tentar desenhar o molde em volta dela. Claro que não funcionou e acabámos por o desenhar as duas (mas ela passou o resto do dia a ir por ela deitar-se no papel sem perceber muito bem que brincadeira nova era aquela). O VMSE é mesmo MS: quatro bocados de tecido com o mesmo feitio cozidos uns aos outros, com a particularidade de se poder usar do direito e do avesso (sempre tive a mania da roupa que se pode usar dos dois lados).
O nosso gentil e ilustre convidado para o jantar perguntou com a melhor das intenções se eu estava a fazer uma bata. Se for, pelo menos vai ser uma bata incomum, o que já é qualquer coisa.
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