Enquanto tento terminar este quilt, todo acolchoado à mão (dá muito, muito mais trabalho mas gosto ainda mais do resultado), deixo mais algumas respostas à s perguntas frequentemente perguntadas sobre o assunto (a parte 1 está aqui e os arquivos, aqui):
Sugeres algum padrão para fazer a minha primeira experiência ou um primeiro projecto que seja particularmente simples?
O melhor é sem dúvida começar por juntar quadrados uns aos outros e numa escala pequena, para não se perder a paciência a meio nem se gastar muito tecido no caso de correr mal. Fica-se a perceber uma série de coisas com a experiência e o resultado pode ser um objecto tão simples como um cobertor para as bonecas (1 e 2, por exemplo) ou um pousa-qualquer-coisa (vulgo individual). Quem tiver vontade de tentar logo a sorte com um dos blocos mais populares talvez deva experimentar o log cabin numa das suas múltiplas variantes. Com um só pode fazer-se logo alguma coisa.
De não faço ideia como começar nem a peça mais simples a queria comprar um bom livro com muitas técnicas e padrões mas não sei como escolher.
Apesar de nos últimos dois anos ter comprado vários livros recentes sobre o assunto, os que tenho desde pequena respondem à maior parte das dúvidas e ensinam várias técnicas. As traduções portuguesas encontram-se com muita sorte nos alfarrabistas e nas casas das avós mas no original é mais fácil encontrá-los:
Janet Barber e Belinda Lyon, O meu primeiro livro de Costura. Lisboa, Verbo, 1979. No original, My Learn to Sew Book (capa). Um dos vários projectos propostos pelo livro (à esquerda na foto de cima) é precisamente uma mini-colcha de retalhos.
O Grande Livro dos Lavores. Lisboa, Selecções do Reader’s Digest, 1985. É a tradução esgotadíssima do Complete Guide to Needlework, que continua a ser editado em Inglês. É certamente o livro mais usado desta parte da minha biblioteca: para além de todos os outros capítulos, que já me levaram a citá-lo aqui uma e outra vez, tem um completíssimo capítulo sobre quilting / patchwork, com ilustrações excelentes e textos muito claros.
Recentes e diferentes:
Denise Schmidt, Quilt-It Kit: 15 Colorful Quilt and Patchwork Projects ou Denyse Schmidt Quilts: 30 Colorful Quilt and Patchwork Projects. Apesar de não ter nenhum destes dois (estão na minha wishlist), se fosse começar agora fa-lo-ia certamente com um deles. A autora (cujo site merece visita) é uma das principais referências actuais dentro da área e os seus quilts são dos que mais me inspiram.
Kaffe Fassett, Passionate Patchwork: Over 20 Original Quilt Designs. Kaffe Fasset (site) é outro dos autores mais célebres que prefiro. Tenho vários livros dele nos quais, embora algumas das combinações de cores e padrões me pareçam um bocadinho enjoativas, tenho aprendido bastante. Todos eles incluem, para além dos padrões de diferentes níveis de complexidade e textos sobre a sua concepção, um capítulo técnico suficientemente completo para esclarecer um principiante.
Japoneses apaixonantes:
Machine Made Patchworks e Machine Made Patchworks 02. São de certeza os mais célebres fora do Japão e valem tanto pela qualidade dos projectos apresentados (malas, malinhas, estojos, colchas, tapetas, etc.) como pela escolha de tecidos e cuidado com que são combinados.
Yoshiko Jinzenji, Simple Quilt. Neste momento é o meu preferido. A autora cria quilts (ou serão quadros?) a partir das sombras das casas, cose milhares de retalhinhos todos brancos uns aos outros e inscreve códigos secretos nos seus trabalhos. Quem me dera que estivesse traduzido.
E os tecidos?
A cereja em cima deste post é o facto de haver, perto de Lisboa, uma loja dedicada aos tecidos americanos para patchwork, que creio ser a única do género no país. Chama-se Arco-àris a Metro, fica no Laranjeiro e a dona (Paula Coelho) é muito simpática e prestável. Chega-se lá bem de transportes e podem pedir-se indicações por email para gerencia arroba arcoirisametro ponto com :
Praceta Gomes Leal, Loja 30-C
Laranjeiro
Tel. 212596135
…e, claro.
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