…por onde andei na semana passada, a ver e a aprender. Fiquei a conhecer de perto mais duas raças autóctones de ovelhas, a Churra do Campo (fotos de cima) e a Merino da Beira Baixa (fotos de baixo). A ovelha Churra do Campo está à beira da extinção. É um bicho pequeno, de lã churra muito longa (estava deste tamanho em Setembro, imagine-se quando chegar à época da tosquia) e, como se diz nos livros, de elevada rusticidade (o que basicamente quer dizer que é muito bem adaptada e resistente ao meio porque ninguém tentou transformá-la noutra coisa ou fazê-la crescer para dar mais leite ou mais carne). Estas ovelhas estão bem no calor abrasador do Verão e na neve também. Tanto quanto sei era do seu leite que deviam ser feitos os queijos tradicionais da Beira Baixa, aqueles que agora levam um DOP à frente do nome. O problema é que para fazer queijo DOP na Beira Baixa basta fazê-lo na região certa. Importam-se ovelhas de raças israelitas ou francesas (raças que foram apuradas até se transformarem em máquinas leiteiras), criam-se na região certa e, como que por magia, do seu leite faz-se queijo regional, com direito a dizer DOP no rótulo e tudo. Não percebo como é que é possível ter-se aprovado legislação desta, mas os resultados estão à vista.
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das beiras
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2 responses to “das beiras”
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Isso dos queijos soa-me muito mal.
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Isto quando o leite ainda é de ovelha… porque à s vezes a aldrabice parece não ter limites no que toca aos “produtos endógenos”.
Adorei as fotografias!
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