A história recente dos cobertores de papa está cheia de voltas difíceis de entender e de aceitar. Para trás não há grande investigação feita (apesar de darem nome a duas publicações da Câmara da Guarda) nem há quem tenha ainda percebido que papa é esta ou este que lhes está no nome. Fui novamente atrás deles por causa de mais uma aventura da Retrosaria (a mostrar em Setembro) e descobri que a meio do século XVI já se faziam (chamados assim tal e qual) em Castelo de Vide e também que já se usavam nas estalagens de Lisboa, onde eram considerados mais luxuosos do que as mantas alentejanas.
O que é bom saber é que a produção artesanal dos cobertores de papa foi agarrada in extremis pela Escola de Artes e Ofícios do Centro Social e Paroquial de Maçaínhas. Há um jovem tecelão a trabalhar e uma pequena equipa com garra e boas ideias para que este ex-libris da tecelagem portuguesa se mantenha de boa saúde.
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5 responses to “cobertores de papa”
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Que boas notícias Rosa! Tinha lido que o último artesão nesta arte tinha fechado a oficina, mas felizmente há quem agarre as coisas preciosas do nosso país. É desta que vou comprar um desses cobertores à Guarda!
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Há muitos, muitos anos, abafei o início de um incêndio, em casa das minhas Avós, com um cobertor de papa que fui a correr buscar à minha cama. Fico à espera das novidades sobre essa nova aventura… Talvez consiga repor o que se estragou nesse dia!
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Lembro-me perfeitamente desse cobertor na cama dos meus avós (Trás-os-Montes). Muito quentinho. Espero que se recuperem e depressa! Entretanto, adoro o seu livro :)
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eu tenho um pedaço um na cama dos gatos. Eles adoram
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Já não ha tecelão nenhum. A CÉU BAàA E A JOANINHA estoiraram com aquela merda toda.
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