É só uma ideia, mas que podia ter resultados interessantes a vários níveis: fazer luvas esfoliantes tricotadas a partir da lã das nossas ovelhas churras mondegueiras, churras do campo e algarvias, que pouco valor tem no mercado. Este teste foi feito num instante com parte de uma maçaroca que fiei faz agora um ano e parece excelente para o efeito. Nano-empreendedores com gosto pelas ovelhas, embora lá?
<<
>>
lã que pica
by
Comments
9 responses to “lã que pica”
-
Não fosse a lã ficar mais fraca quando molhada seria uma ideia excelente, fora isso só se quiser uma luva com tendência para ganhar buracos, ou então para usar apenas quando seca:
-
Isa, não sei que experiência tem com lã destas raças autóctones, mas não é de todo o que acontece com esta peça que fiz. A lã churra é muito diferente das lãs comerciais “normais”.
-
*Isa. Não tenho experiência com esta lã em particular. Seria então interessante fazer uma comparação com uma luva no normal sisal ou ráfia. A fricção e torção de peças em lã quando molhada pode levar à modificação ou quebra das pontes de hidrogénio que compõe a estrutura da queratina na lã. Pela mesma razão aconselha-se a não torcer o seu cabelo quando molhado – porque enfraquece e pode levar a quebras.
-
Isa, percebo pouco de pontes e menos ainda das de hidrogénio, mas já assisti na Ilha Terceira ao fabrico de cordas em “sedenho” (pêlos da cauda das vacas), cordas essas de grande resistência mesmo expostas aos elementos. A lã das ovelhas mondegueiras tem mais a ver com esses pêlos (são ambos fibras de proteína) do que com a lã que a maioria das pessoas conhece. Em todo o caso darei notícias quanto à evolução desta peça. Para já está a portar-se lindamente.
-
Também já tinha pensado nessas luvas, mas tenho três de turco que me chegam bem e ainda não se estragaram. Há anos fiz uma “saboneteira” com lã donegal, mas já não a tenho…
Para o final do ano quando fôr para Portugal espero começar a aprender um pouco sobre as nossas raças, até lá, vou lendo o que vai escrevendo…
Lembrei-me do “Tapete de trapos presos” publicado no teu livro. Acho que também pode ter essa finalidade. Estou a tricotar um com uma lã que que não gosto e foi a única saída possível. No entanto, considero que a lã da churra algarvia (a única que conheço) poderia muito bem servir para o efeito.
-
Sim, a lã das nossas raças churras é óptima para tecer (ou tricotar) tapetes resistentes. Tenho de experimentar também com a Algarvia que me deste :)
Eu é mais fibras vegetais e é engraçado ler este post depois de ter acabado de fazer uma luva esfoliante com juta.
Olá Rosa!
Acho uma ideia excelente. Se precisar de mão de obra, é só dizer!
Leave a Reply