De regresso ao MAP, pensar por um momento apenas nos aspectos positivos e saber que um museu aberto é um futuro de possibilidades. Read more →
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M de Museu
Um vislumbre do que se passa dentro do MAP, onde entrámos esta manhã. De um lado, um chão que ainda brota cogumelos, do outro, técnicos a trabalhar e o museu a renascer. Ver a sala das Beiras limpa e luminosa do cimo de um andaime foi literalmente o ponto alto do meu dia. Read more →
museu de arte popular
celebramos
Todos os que nos envolvemos nesta luta celebramos hoje o anúncio pela Ministra da Cultura de que o Museu de Arte Popular reabrirá em 2010.
Como que de propósito chegou hoje o meu novo galão, feito com base em motivos de pronto de cruz de mostruários portugueses do século XIX pertencentes à colecção do MAP.
desta tarde no museu
Ver sair literalmente à rua quem trabalha e ensina nas nossas universidades faz-me ter saudades de uma escola que podia e devia ser a nossa, em que os oradores falam com entusiasmo do que efectivamente sabem (sem a leitura monocórdica de comunicações tão frequente nos congressos), em que o conhecimento fruto do trabalho de investigação é chamado a transformar o mundo cá fora (em vez de se perder nas habituais e estéreis rivalidades académicas) e onde não há lugar para bocejos. Vim de Belém satisfeita.
serão
No Sábado é o nosso colóquio em defesa do Museu de Arte Popular. Podia ir ali para o sofá coser um bocadinho, mas a verdade é que me apetece mais estudar. Leitura para o serão: Camponeses estetas no Estado Novo: Arte Popular e Nação na PolÃtica Folclorista do Secretariado da Propaganda Nacional, de Vera Marques Alves.
aprender com quem sabe
No próximo Sábado (dia 20 à s 16h) vamos ter um colóquio ao ar livre e de entrada também livre junto ao Museu de Arte Popular. Será uma excelente oportunidade de ouvir antropólogos, historiadores, crÃticos de arte e outros especialistas explicarem por que razões é tão importante salvar o MAP. Estão todos convidados.
pelo museu de arte popular, assinar, assinar!
Conjunto de 3 “manitas” em massa de pão de cor clara com motivos florais. Comp. 12 cm.
Instituição / Proprietário: Museu de Arte Popular
Número de inventário: 19790 TC (imagem via MatrizPix)
Está online desde esta manhã uma petição em defesa do Museu de Arte Popular. Sobre o Museu já escrevi aqui e bordei aqui, e o texto da petição sintetiza bem as razões desta luta:
…apelamos a uma reflexão e intervenção do Estado no sentido de:
– preservar um espaço museológico e respectivo espólio únicos, memória da Exposição do Mundo Português e da criação popular portuguesa;
– criar condições para a renovação do seu projecto, conservando-lhe a memória mas adaptando-o a uma fruição contemporânea – tal como acontece hoje com tantos museus de êxito dedicados a temática semelhante pelo mundo fora;
– incentivar o estudo e a divulgação da arte popular portuguesa que, da cerâmica à ourivesaria, passando pela extraordinária produção têxtil (para citar apenas algumas das mais notórias áreas artesanais portuguesas), é ainda marca portuguesa reconhecida internacionalmente;
– estimular, através da “montra” importantÃssima que pode ser este museu, com gosto conhecedor, criterioso e exigente, a produção artesanal portuguesa, uma actividade com novas potencialidades económicas num mercado global de nichos, que pede qualidade e especialidade.
– possibilitar que este museu se torne a plataforma inovadora de ligação entre o saber dos velhos artesãos que neste preciso momento se perde, sem transmissão, e a apetência de toda uma nova geração de designers e artesãos;
– salvaguardar um museu que, dada a sua temática capaz de atrair a atenção dos numerosos turistas que nos visitam, será um complemento precioso para a zona de Belém que se pretende requalificar e que ele ajudará a enriquecer;
em campanha
Entre catadupas de emails por responder, tecidos a chamar da sala ao lado, planos para o atelier/loja e uma criança a sonhar com gatos, ando (em boa companhia) ocupada a salvar um museu. Mais notÃcias em breve.
pelo museu de arte popular, bordar, bordar!
Bordadeiras, por J. Soeiro.
Finalmente, algumas imagens do dia de ontem. Como estive sempre de agulha na mão sobrou pouco tempo para fotografar, mas outros se encarregaram do registo.
A jornada de luta começou cedo, no atelier da Joana Vasconcelos, a desenhar os motivos e quadra no lenço gigante. Seguimos ao meio-dia para o Museu e começámos logo a trabalhar, primeiro a poucas mãos mas desde o inÃcio com a atenção dos turistas, a quem fomos contando o porquê do protesto. Alguns deles bordaram connosco e todos lamentaram encontrar o museu fechado. Aos poucos foram chegando amigos e desconhecidos, muitas figuras públicas e até bordadeiras chamadas pelas notÃcias nos jornais. À hora do almoço já não havia espaço em redor do lenço para todos os que queriam ajudar, e assim foi até à s sete horas, quando o lenço foi finalmente pendurado na porta do Museu perante uma plateia visivelmente entusiasmada.