Centuries ago someone built a loom. Generation after generation, weavers have used it, each one repairing and replacing any part that was broken. After many many years all the original parts were gone but the loom was the same. Or was it? How old is this loom? ~instagram
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gouveia
Não sabendo, passa-se por Gouveia sem conhecer o tecelão residente. A sua oficina não está no roteiro urbano da cidade porque esta como muitas outras cidades tem uma noção de património perigosamente ultrapassada. A visita vale a pena mesmo que não se seja particularmente ligado ao tema. O Sr. João tece as suas toalhas de pé, sem o habitual assento ou apoio para as costas, numa espécie de dança sobre os pedais ritmada pelo trabalho do chicote e o bater da queixa. Obrigada Ana Rita por me teres levado até lá.
Contactos:
C. Comercial Outeiro – Loja 7
Gouveia
a tecedeira briosa
Fotografia do topo: A. L. de Carvalho, Tecedeiras, década 1920 (Casa de Sarmento).
Em 2013 viajei à procura de saber tecer e entrou um tear em minha casa. É uma versão um pouco erudita do da fotografia de cima, mas idêntico nas caracterÃsticas e maneira de funcionar, com as suas quatro premedeiras e sistema de chicote (que ainda não pus a funcionar). O meu tear ocupa metade do escritório e ainda não está convenientemente escorado para não deslizar a cada batidela do pente, mas já mexe. Em breve mostro o que lá vai nascendo.
Outros teares em boas mãos que tenho acompanhado: Esquilo Handmade e Joana Dias Tecelagem.
aprendiz
além
mantas de fitas
Tem 6 casas onde tecem mantas de retalhos, urdidas com lã e tecidas com retalhos que juntam pela cidade e por casas dos alfaiates. Em cada casa, três, quatro teares.
João Brandão (de Buarcos), Grandeza e Abastança de Lisboa em 1552.
Uma prática com certamente muito mais de quinhentos anos de história, a de fazer mantas de retalhos, ou trapo, ou tirelas, ou fitas, como lhes chamam na Aldeia das Dez, na Serra do Açor, onde fomos conhecer o tecelão, poeta e escultor Viriato Gouveia. Com oitenta e três anos que não se lhe vêem nem no rosto nem nos gestos, contou-nos histórias da carestia de linha de algodão durante a Segunda Guerra Mundial e do reflorescimento da produção de mantas a seguir a 45 e até aos anos 70, quando entraram em irreversÃvel declÃnio. As mantas do Sr. Viriato, e do pai com quem aprendeu a tecer, sempre foram urdidas com linha e tapadas com fitas (tecidos rasgados à mão ou cortados com tesoura) que quem encomendava as mantas entregava ao tecelão. Read more →