Fomos ver a nova exposição do MNAA, Coleccionar em Portugal. Doação Castro Pina. A meio do percurso, uma impressionante montagem de retalhos de tecidos dos séculos XVII a XIX. Fica-se sem perceber se é uma peça actual feita para a exposição ou se já existe assim como (lindÃssimo) quadro há muito tempo. Read more →
Posts Tagged ‘tecidos’
japanese do it better
Suzuko Koseki é uma das minhas autoras japoneses preferidas na área do patchwork. São dela os livros da série Machine Made Patchworks e My Quilt Diary, que definiram todo um estilo, e os seus tecidos são igualmente reconhecÃveis: os padrões costumam reproduzir antigos materiais de costura, rótulos e figurinos de moda, ou os estampados floridos dos anos 30 e 40. Esta foi a manta em que usei mais tecidos seus, mas acabo por incorporar pelo menos um em quase todas elas. Hoje chegaram estes seis rolos da colecção mais recente à Retrosaria, a par de muitas outras novidades.
do japão
Seja um envelope com amostras de tecidos ou uma encomenda para a Retrosaria, a correspondência vinda do Japão parece sempre especial. Das letras bem desenhadas aos selos e ao estalar do papel, mesmo na era do instantâneo sobram diferenças fascinantes.
Com dois dos três magnÃficos tecidos novos distraÃ-me a imaginar dois quilts possÃveis, muito simples de fazer:
museu de etnologia i
Uma das exposições patentes no Museu de Etnologia (a Mary também viu) apresenta (a propósito do trabalho de uma artista plástica contemporânea) lindÃssimos panos tradicionais de Cabo Verde e Guiné Bissau. São compostos por várias faixas estreitas tecidas em tear manual cosidas umas à s outras. Parecem já ter deixado de fazer parte (ou quase) da maneira de vestir do nosso tempo, tendo provavelmente sido gradualmente substituÃdos a partir do século XIX (como na Europa), por tecidos decorados por estampagem (muito mais baratos e em boa parte importados). A tradição no entanto subsiste (pelo menos em parte) graças ao folclore e à procura global(izada) do que é étnico. On-line, encontra-se a Artissal (uma associação de Tecelagem tradicional que produz artigos artesanais de qualidade e promove um projecto de desenvolvimento comunitário na Guiné-Bissau) e uma página norueguesa – The Capeverdean pano – a unique handicraft – com o contacto de Henrique Sanchies, tecelão caboverdeano.
A exposição inclui ainda um conjunto de capulanas da colecção do MNE, recolhidas nos anos 90 na Guiné. A legenda chama-lhes panos legós, designação (local?) que o Google desconhece.