Não sei bem quando foi que deixei de fazer posts deste género. A grande maioria das primeiras vezes da E. ficaram de fora deste espaço (e de qualquer outro que não as nossas memórias, porque este passou a ser o meu único diário) e muitas já não consigo datar com certeza (foi aos nove meses que disse papá, mas quantos mais demorou até dizer também o meu nome?). Marquei o dia em que largou a chucha mas não o da última fralda, algumas gracinhas mas não outras, sem grande critério mas sempre a pensar no quanto é que será expor demasiado: eles, a primeira geração de bebés blogados, encarregar-se-ão sem dúvida de nos criticar daqui a uns anos. Tudo isto porque a E. me acordou a ler. Sem perceber o que estava a ler mas a ler. Estávamos no sofá, com ela a fazer de conta que me contava histórias para adormecer (o que, no meu estado actual, funciona em menos de um minuto). Já do outro lado, comecei a prestar atenção ao que estava a ouvir: áa, depois áapéee, áapécuéeee, e quando soletrou ápécuéna (a pequena) dei um salto. Tu já sabes ler?! O interesse pelas letras já vinha de há mais de um ano, mas tinha decidido não dar mais do que resposta aos inúmeros como é que se escreve e o que é que diz aqui diários. A seguir à surpresa de hoje não resisti a ir buscar a Isaurinha e a comprovar que junta as letras quase todas sem grandes hesitações. Não sabe ler, porque não consegue na maior parte das vezes deduzir sem ajuda o significado do que acabou de dizer, mas junta sozinha as letras de uma palavra inteira.
Tão importante como isto, pelo menos para ela, enquanto juntávamos triângulos para o próximo quilt e depois de dias de treino, conseguiu assobiar.
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