Há dois dias descobri que a chuva recente entrou por onde não devia cá em casa e ensopou irreversivelmente os caixotes em que hibernava a minha tese inacabada. Não que estivesse a pensar voltar a pegar-lhe em breve, mas foi uma violência mandar assim para a reciclagem anos de fotocópias e apontamentos. Porque nada acontece por acaso, de manhã tinha estreado uma nova rotina de idas semanais à biblioteca para estudar (a minha única resolução de ano novo). Que saudades do coleccionar cotas e tomar notas, do prazer de ver os livros chegar à mesa, do silêncio da leitura.
<<
>>
destino
by
Tags:
Comments
10 responses to “destino”
-
há um estado de recolha no estudo/leitura que nos faz falt, não é?
-
É uma pena que isso tenha acontecido Rosa!
As teses são sempre processos penosos, mas extremamente gratificantes. Tenho saudades da rotina de que falas… Fica uma certa nostalgia no ar!
-
resta a nostalgia!
Parabéns pelo belo blog.Fernanda
-
Complicado ver anos de trabalho tão rapidamente destruídos… vendo pelo lado positivo, pode ser um incentivo a fazer melhor para a próxima. E por aqui também tenho saudades do estudo. Nada melhor do que o cheiro dos livros como companhia.
-
que engraçado dizeres isso, eu estudo todos os dias e sonho com aquelas pequenas pausas em que posso fazer uma boneca ou um cachecol!
-
este mês já sonhei duas vezes com a tese que deixei por acabar há dez anos. também tenho saudades de bibliotecas, de arquivos, de cadernos de apontamentos. acho óptima essa resolução, fico à espera do resultado.
-
quando falaste em biblioteca veio-me logo à memória o cheiro e esse silêncio (que parece comum a todos os comentários)… acho que vou fazer da tua resolução de ano novo também minha ;))
-
Olha… visitantes ilustres! :)
Talvez já conheça e é de facto um bocadinho longe… mas aqui fica a sugestão(quanto mais não seja para “passear” online), parece-me que também tem muita coisa sobre os temas que costuma referir: -
[…] tenho conseguido ir mesmo todas as semanas à biblioteca como pretendia, mas sempre que vou regresso contente. Um excerto de um dos artigos que li hoje, escrito por José […]
-
[…] Há três anos criei a rotina de dedicar um dia por semana a um projecto que ainda não tinha forma mas que chamava por mim desde nem sei bem quando. Renovei os cartões das bibliotecas, fui de livro em livro, de nota de rodapé em nota de rodapé a coligir notas e referências. Enquanto isso começava a percorrer o mapa à procura, a fazer viagens, a aprender junto de pessoas que sabiam o que não estava escrito. E fazia malha, e mais malha, de lápis e papel por perto. […]
Leave a Reply