Da Madragoa seguimos para Oeiras para ver a mostra de gastronomia e artesanato de Vinhais que decorreu no mercado municipal. Entre muitas bancas de enchidos encontrei a D. Hulema Pires, fazedora de cestos e de meias de lã. Comprei-lhe um par para a minha colecção e aproveitei para ficar um bocadinho à conversa. Fiquei a saber que a lã (muito semelhante a esta) fora fiada por ela num fuso todo em madeira. Para tricotar um par de meias disse-me que leva um dia inteiro e mais uma noite a trabalhar depressa.
Em frente à D. Hulema estava uma senhora (não registei o nome) a quem perguntámos o que era a coisa de ar apetitoso e estranho dentro de uns sacos. Explicou-nos que era (e o que era) cusco. Para mim, que sou grande apreciadora de couscous desde que me lembro, foi uma total novidade. Perguntámos como se fazia e como se cozinhava e naturalmente não lhe resistimos. Entretanto descobri este lindo documentário sobre o cusco:
Já o provámos e aprovámos a acompanhar um guisado quase vegetariano feito só assim:
Dois tomates pequenos e maduros cortados em pedaços
Uma courgette pequena cortada em pedaços
Uma beringela pequena cortada aos cubos
Um alho-francês cortado em rodelas
Uma fatia de paio de Vinhais (que também trouxemos da feira)
Cominhos em pó
Pôr todos os legumes num tacho com uma chávena de água, sal e cominhos a gosto, cozer em lume brando só até os legumes ficarem tenros e juntar azeite.
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