Quando eu tinha a idade da A. vivíamos no Algarve e a minha mãe optou por me tirar de uma má creche longe de casa para me entregar ao cuidado de uma merceeira que tinha um filho também pequeno. Julgo que passava boa parte do dia na loja e consta que dormia a sesta numa enxerga nas traseiras. Não tenho memória desse tempo senão a sensação agradável de que era lá muito mais feliz do que nas escolas por onde já tinha passado. Quando a A. e a E. estão connosco no Loreto, como acontece muitas vezes, penso no que levarão desta experiência.
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elas
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22 responses to “elas”
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Levarão, seguramente, boas experiências e memórias.
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Coisas boas, de certeza, pelo menos a ver pela forma como a E. toca nos tecidos e pelas palavras novas que a A. inventa, como a “catreze” :)
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Só boas memórias que lhes ficarão para toda a vida, não tenhas dúvidas!
O meu Pai era bancário e cheguei a passar tardes na agência onde ele trabalhava – entretinha-me a carimbar cheques, a empilhar moedas que depois fariam parte de saquinhos para entregar aos clientes, a escrever “estórias” da minha autoria, naquelas máquinas de escrever que eram o meu fascínio!
A minha Mãe era professora de liceu e também assiti, ainda pequena, a algumas aulas de inglês e de alemão – e estou certa que foi aí que nasceu o bichinho para a minha formação em Germânicas e o gosto por conhecer novas línguas e o interesse pelas culturas diferentes da minha!
São as melhores memórias que guardo – os empregos dos Pais e a alegria que ambos tinham no trabalho que realizavam – o ambiente desses locais era muito animado! -
Vão levar um sem numero de coisas boas, certamente :)
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De todas as vezes que vi a A. na loja pareceu-me muito feliz, a cantarolar músicas em francês e a brincar à s bonecas ou a fazer desenhos:)
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a pequenita é a cara do Pai!
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Meu pai tinha loja de bolsas e presentes e lá ficávamos muitas vezes, mas já grandinhos, por puro prazer. Lá ele tinha, no jirau, livros e revistas antigos que eu devorava feliz. Também aquela loja era ponto de encontro de colegas de escola e amigos. à“timas lembranças temos de lá.
Beijo
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que lindas imagens! e crescem e aprendam tanto assim!
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elas estão girissímas e de certeza que terão memórias fantásticas da infância, a cara delas diz tudo…
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eu passava dias atrás do balcão da drogaria do meu avô e ainda hoje sorrio ao pensar como era bom lá estar :)
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Aprendem muito mais aí que em qualquer creche “politicamente correta”.
Lindas!
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Irradia-lhes felicidade nos sorrisos, por isso, só poderão sorrir um dia ao lembrar-se de tais recordações :)
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estão cada vez mais lindas!!!
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Levarão seguramente memórias muito felizes.
Estas meninas estão cada vez mais bonitas! -
A companhia dos pais…. e isso, é melhor do que qualquer outra coisa no mundo:)
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São tão giras, Rosa. E têm um ar feliz :-))) já viram o ar de enfado que muitas das nossas crianças têm hoje em dia? agarradas a consolas e psp…
De criança tenho óptimas memórias. Cresci entre frondosas e doces laranjeiras e não havia melhores férias de Natal do que as passadas em coma do tractor com o meu pai a apanhar citrinos. Quer dizer… ele apanhava, eu fingia que apanhava e enchia a barriga das mais doces clementinas de que tenho memória.
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são tão giras!
e a historia… linda! -
Tb. me lembro dessa mesma sensação agradável… Elas tb. a levarão certamente!
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Por muito bons que os infantários ou as escolas sejam, nada melhor que crescer partilhando as vivências dos que as Amam. O que de nós recbem não há escola alguma que ofereça.
Elas são Lindas!!!
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pois é, devia poder-se levar os filhos para o emprego, qualquer que ele fosse, pelo menos um par de vezes por ano… nos eua há uma iniciativa do género, até os filhos dos membros das câmaras do senado e dos representantes se sentam com os pais…
também gostava de ir aos empregos dos meus pais – gostava do espaço diferente, da possibilidade de mexer em papéis! canetas! dossiers! máquinas de escrever! sentar em cadeiras giratórias! correr pelos corredores e cantinas enooooooooooooooormes…! -
Levarão muito que só elas saberão o quê. Mas levam a riqueza de poderem ser crianças no mundo real e não num “mundo asséptico” só de crianças…e o poderem estar tanto tempo com o pai e a mãe é impagável. Os meus avós tiveram uma sapataria durante 40 anos. 2 gerações de crianças por alí deambularam. Eu, sinto que aprendi por lá muito sobre as relações humanas, sobre organização, sobre matemática (aos 10 anos fazia trocos e davam-me o lugar da caixa). Sempre que tinha férias corria para lá e nada mas nada me traz melhores recordações do que a familia toda junta por ali. A trabalhar, a conversar, a brincar…muito brincamos nós entre sapatos. Vivam a E e a A!
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mãe sábia
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