Parasita, s. 2 gén. Aquele que come ou vive à custa de outrem; adj; diz-se do animal ou da planta que, associado com outro ser vivo, o prejudica de qualquer modo; fig. inútil; supérfluo. (Lat. parasitu, do gr. parasitos).
Não mata mas mói, é o que me ocorre dizer a propósito dos muitos episódios de plágio que tenho optado por não referir aqui. Por um lado porque depois deste dificilmente perco a compostura e por outro porque prefiro não dar demasiado tempo de antena aos protagonistas. Tenho-me aborrecido quando lojas on-line portuguesas fazem copy e paste dos termos de utilização da Retrosaria porque acham que é só uma faq igual a qualquer outra loja (foi a justificação que recebi de uma delas), sem que lhes ocorra que qualquer texto tem autor, deu trabalho a escrever e que não custa nada enviar um email a perguntar se podem usá-lo. Até os meus galões têm sido vítima de inspirações abusivas. Uma das mais recentes fora esta (cuja justificação continuo a não considerar válida) e a última é a que ilustra este post: uma empresa alemã chamada Janeas World copiou um dos meus desenhos, alterando-o só o essencial para não ter problemas legais.
Os comentários que este tipo de situação costuma suscitar são em geral repetitivos e não trazem nada de novo: a originalidade não existe, toda a gente copia toda a gente, se a roda estivesse patenteada andávamos todos a pé, é o que dá divulgar o trabalho na net, etc. A verdade é que casos como este são impossíveis de controlar e, na sua esmagadora maioria, de punir legalmente. O apoio legal é demasiado caro e os processos são demasiado burocráticos e morosos. Isto é assim mesmo que se tenha registos e patentes, sejam elas nacionais ou internacionais. O facto de os meus bonecos estarem protegidos por patentes europeias não impediu que uma grande empresa, pelo menos duas pequenas/médias empresas e um sem número de artesãos os copiassem. Nada a fazer? Talvez não seja bem assim. A internet, se por um lado facilita imensamente o trabalho a quem copia, por outro pode provocar grandes danos na imagem dos que o fazem. As notícias espalham-se depressa, as redes sociais funcionam em tempo real e tenho visto com bastante satisfação casos em que os leitores/seguidores/consumidores exercem pressão suficiente para que júris retirem prémios atribuídos e empresas retirem produtos do mercado. Quem copia que se cuide!
PS: a dona da empresa Janeas World (Gaby Siewertsen) respondeu ao email que lhe enviei pedindo que não vendesse o galão copiado com a seguinte pérola:
I did look at your elefantes ,but I did not copy your design…sorry!!
I make my own designs,they are all handdrawn by me in my studio (and I do have them drawn on paper)
Your elefantes are very differnt ( they do have 4 legs NO flower in it… ect)
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