Year: 2011

  • t ∞

    Sabia que os pastores iam ficar um mês e meio a dormir na Serra, mudando de lugar a cada duas ou três semanas, mas não sabia como. Já víramos a minúscula choupana, a que na brincadeira chamam a cabana do amor, tínhamos ouvido falar do frio e do mau tempo (difíceis de imaginar numa tarde […]

  • lá em cima

    Três semanas depois da subida, fomos ver os pastores à  hora do descanso depois de uma noite de temporal, em boa parte passada a reunir as ovelhas espantadas pelos trovões. O contraste entre a ideia de uma rotina facilitada pela existência de carros e telemóveis e a realidade do andar madrugada fora à s escuras com […]

  • wip hairport

    Onde eu corto o cabelo há mais de dez anos, onde a E. corta há mais de três e onde a A. se estreou hoje antes que o cabelo lhe chegasse à s pernas. Vivam as mãos sábias da Sabine. Se forem ter com ela, digam que vão da minha parte.

  • cowork lisboa

    Se eu não estivesse tão bem instalada na Rua do Loreto, se o meu trabalho implicasse estar mais tempo sentada à  secretária, se estivesse a escrever uma tese, se passasse demasiado tempo em casa ou tivesse gente de menos à  volta mudava-me já para a Cowork Lisboa na Lx Factory.

  • tu podes, assim tu queiras

    Uma espécie de Keep calm and carry on à  portuguesa, numa pequena gravura popular encontrada hoje por acaso ao folhear mais uma vez a minha revista extinta preferida (Terra Portuguesa, dirigida por Vergílio Correia e Sebastião Pessanha nos inícios do século XX). Vou adoptar.

  • ☐ ☐ ☐ ☐

    As belas mantas. Chegou ao fim mais um mês de mantas de retalhos aos quadrados, feitas pela Rita, pela Inez e pela Ana Rita. Tão diferentes entre elas como das dos cursos anteriores ( ☐ e ☐ ), todas – digo eu que sou suspeita – a merecerem rasgados elogios. Em Setembro há mais.

  • o alfaiate

    Fomos à  procura do alfaiate que fez os casacos dos pastores porque, depois de experimentar o do Pedro, decidi mandar fazer um à  minha medida. A morada que tínhamos era o nome da aldeia, Folhadosa. Encontrámo-lo a trabalhar no seu atelier, por detrás de uma porta pequenina, numa quelha da largura de um corredor: António […]

  • dos bodes

    Há vários meses, ao ler sobre a Serra de Montemuro, aprendi que os bodes vindos na transumância da Serra da Estrela traziam nessa ocasião os chifres enfeitados com fitas e pompons. Os que acompanhámos não levavam os enfeites, mas pelo menos um tinha os chifres cheios dos furinhos necessários para os segurar, e disse-me o […]

  • a transumância iv

    Iam vestidos a preceito, e não era por nossa causa. Só o maioral e o Pedro levavam o colete e a camisola de xadrês debruado a burel recortado, mas quase todos nos impressionaram pelo inesperado aprumo. Colete de lã feito no alfaiate (tema para outro post), chapéu de feltro (de coelho para os mais velhos, […]

  • a transumância iii

    São elas as grandes protagonistas da viagem. Sobe-se a montanha porque as pastagens das zonas mais baixas já não têm alimento que chegue, e porque estes animais continuam a comer pasto e não ração. Se alguns pastores (que aqui quer dizer proprietários de ovelhas) alugam no verão pastagens próximas para as duas chegadelas (refeições) diárias […]