Mortiga cardigan por EglÄ— BazaraitÄ—, feito com Bucos
EglÄ— BazaraitÄ— é uma lituana a morar em Portugal. Vem de um país em que se faz malha a sério e por cá descobriu a lã de Bucos na Retrosaria.
Bucos é uma aldeia junto a Cabeceiras de Basto, ponto de paragem obrigatória nos roteiros da lã portuguesa. As suas mantas de tear e meias de grades já no início dos anos 90 integravam aquele que é ainda o melhor roteiro do artesanato do norte do país (Artesanato da Região Norte ed. Instituto do Emprego e da Formação Profissional, 1991). Com o apoio local da câmara, junta de freguesia e do Museu das Terras de Basto, foi criado o projecto Mulheres de Bucos que procura manter vivos os trabalhos da lã levando as mulheres a trabalhar juntas algumas horas por semana na criação de produtos para venda num espaço próprio, a Casa da Lã. Em 2010, a câmara de Cabeceiras convidou um grupo de estudantes do Porto para registar o trabalho destas mulheres em imagens e vídeo (vídeos disponíveis através do projecto Memória Media). Mais recentemente, também a Alice Bernardo tem registado pormenorizadamente o trabalho das mulheres de Bucos, e são dela sem dúvida as fotografias mais bonitas acessíveis online.
Estive em Bucos pela primeira vez em 2011 no âmbito do trabalho que estou a fazer sobre as malhas portuguesas (mais notícias em breve) e novamente este ano, com o Tiago Pereira, quando filmámos as mulheres de Bucos para o projecto Lã em Tempo Real e para A Música Portuguesa a Gostar dela Própria. De lá trouxe as meadas de lã lavada, esguedelhada, cardada e fiada à mão com que a EglÄ— fez o seu casaco…
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