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Certamente por (d)efeito de formação, para mim são um local de prazer. Silenciosos, tranquilos, solenes, convidam ao olhar demorado, às conversas interiores, à descoberta e sobretudo ao prazer de ver e de pensar. Grandes, pequeninos, acabados de abrir ou esquecidos, são imersivos por natureza. Numa cidade nova é normalmente lá que começo e em viagens a só é neles que me sinto acompanhada. Hoje em são notícia quando se questiona se devem ou não devolver peças das suas colecções, se podem ou como podem expor peças que ofendem o status quo ou, quando muito, quando procuram chamar outros públicos com exposições sobre temas da moda. Lamentavelmente não o são quando enfrentam um tal desinvestimento por parte da tutela que, por falta de funcionários, se vêem obrigados a fechar portas parte do dia, todos os dias. Podemos e devemos questionar de múltiplas formas a utilidade dos museus e a qualidade do trabalho que realizam, os públicos que captam e os que deixam de fora, mas uma coisa é certa: museus fechados não servem para nada.
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