Contra todas as evidências, lá fora o tempo não parou. Prova disso são as cantigas novas que a E. traz da escola todos os dias (lembro-me mas não sabia que me lembrava de quase todas – estranha máquina, o nosso cérebro) e o correio: tecidos japoneses oferecidos pela Anna Dilemna, pintinhas espanholas descobertas pela Ana Lopez Gomez e os meus novos cartões Moo.
Na véspera de a A. nascer (ou, melhor, ser nascida) ainda tive vontade de trabalhar mas há três semanas que não sei o que isso é. A ideia de aproximar agulhas do berço para já assusta-me, mas já sonho com combinações de cores e padrões. Em Dezembro espero retomar devagarinho a produção mas, até lá, não consigo concentrar-me em tarefas mais exigentes do que a leitura: passei da Silvia Plath que me acompanhou nas últimas esperas das últimas consultas para o Bilhete de Identidade que inesperadamente encontrei por casa dos meus pais e de que, passe a overdose de vírgulas, gostei bastante.
Na blogolândia, previsivelmente, quase tudo me passa ao lado. Do pouco que não me escapa, ficam um cobertor, uma boneca, cada um dos posts da Jane e dos da Ana.
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