Eliot Elisofon, Cloths on display, for sale at the market. Kumasi, Ghana, 1959 (imagem do Smithsonian Institution Research Information System).
Mais algumas imagens para ilustrar a história dos tecidos que falam. Nas últimas semanas tenho passado horas a olhar para fotografias de àfrica. À medida que se reconhecem mais padrões as imagens ganham novas hipóteses de leitura. É viciante. Aqui ficam mais alguns bestsellers:
Precious beads make no noise, um de vários tecidos/provérbios alusivos ao valor do silêncio. Imagens: Ivory Coast (1989), Angola, Seydou Keîta, Untitled (Mali, anos 1950) e Gana (2007).
You have taken me as cheap and easy as the snail (imagens: Fellani woman, Mali e Umbrella and chitenges, Zâmbia). Talvez se possa traduzir por qualquer coisa como levaste-me à certa.
L’oeil de ma coépouse ou I am not afraid of my rival’s eye, é usado como desafio de uma mulher à sua co-esposa ou à amante do seu marido (a poligamia é um traço cultural presente em muitos destes países africanos – ver Un panier de crabe nommé polygamie). Nas fotografias estão uma versão antiga do padrão (Seydou Keîta, Untitled, Mali, anos 1950) e outra contemporânea (Burkina), em que o tecido olha literalmente para o interlocutor de quem o veste.
Grammophone record. Procurem-se imagens de celebrações e danças no Gana ou na Nigéria e este pano aparece quase sempre. Representa um disco de vinil e é usado em ocasiões festivas ou alegres. É o caso das das imagens: Church XV e Eliot Elisofon, Musicians and dancer in the courtyard of the shrine house. Besease, Ghana, 1971 (imagem do SIRIS).
Further reading:
Egbomi Ayina, Pagnes et politique.
Les pagnes qui parlent: kit pedagógico para atelier escolar sobre a história dos panos africanos, com documentário incluído. Gostava de ver!
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