Da Madragoa seguimos para Oeiras para ver a mostra de gastronomia e artesanato de Vinhais que decorreu no mercado municipal. Entre muitas bancas de enchidos encontrei a D. Hulema Pires, fazedora de cestos e de meias de lã. Comprei-lhe um par para a minha colecção e aproveitei para ficar um bocadinho à conversa. Fiquei a saber que a lã (muito semelhante a esta) fora fiada por ela num fuso todo em madeira. Para tricotar um par de meias disse-me que leva um dia inteiro e mais uma noite a trabalhar depressa.
Em frente à D. Hulema estava uma senhora (não registei o nome) a quem perguntámos o que era a coisa de ar apetitoso e estranho dentro de uns sacos. Explicou-nos que era (e o que era) cusco. Para mim, que sou grande apreciadora de couscous desde que me lembro, foi uma total novidade. Perguntámos como se fazia e como se cozinhava e naturalmente não lhe resistimos. Entretanto descobri este lindo documentário sobre o cusco:
Já o provámos e aprovámos a acompanhar um guisado quase vegetariano feito só assim:
Dois tomates pequenos e maduros cortados em pedaços
Uma courgette pequena cortada em pedaços
Uma beringela pequena cortada aos cubos
Um alho-francês cortado em rodelas
Uma fatia de paio de Vinhais (que também trouxemos da feira)
Cominhos em pó
Pôr todos os legumes num tacho com uma chávena de água, sal e cominhos a gosto, cozer em lume brando só até os legumes ficarem tenros e juntar azeite.
Que rico documentário! O cenário é rústico e lindo. O taleigo também não foge disso!
E nós que gostamos tanto de cusco!
Adorei o documentário, Rosa. Desconhecia totalmente. Obrigada!
Excelente documentário.
Consegues sempre desencantar estas pérolas preciosas.
Identifico-me muito neste cenário tudo me aprece familiar apesar de não o ser.
O facto de ela estar constantemente a dizer “já está” como se fosse a coisa mais simples e rápida do mundo faz-nos pensar que andamos muito mal habituados. Já para não falar no pequeno pormenor de ela retirar o prato quente de cima do cuscos sem pegas e nem um queixume, que me faz lembrar a minha mãe.
Muito bonito o documentário. Tenho pena de não saber quem o filmou.
Nao sabia da existencia de couscous em Portugal. Adorei o documentario, obrigada por partilhar!
Excelente documentário!
Desconhecia totalmente os “cuscos” e a grande trabalheira que dão a fazer.
Que pena ter-me passado ao lado a mostra de gastronomia e artesanato de Vinhais, aqui tão perto…
O documentário é lindo: que descoberta e que bom podermos participar da poesia daqueles afazeres, daqueles objectos, daquelas vidas. Obrigada pela partilha!
Vi há pouco tempo este documentário e adorei. Vou fazer esta receita, adoro couscous!
Lindo e esclarecedor documentário. Ilustra bem um texto de Maria de Lourdes Modesto, num pequeno livro -palavra puxa receita- onde fala dos cuscos de Vinhais, esse texto completa-se com uma receita que não experimentei mas é tentadora!
cláudia
Viver e aprender, obrigada pela partilha!
muito bom!!!
Que engraçado! Será que o carolo que se come em Aveiro (só provei em doce com frutos secos) será então um coscous de milho?
É simplesmente inspirador…
Que lindo documentário… Aproveitei e dei uma olhada a mais alguns da colecção… São muito interessantes! Preservar a memória dos sabores, que ideia interessante!
Obrigada pela partilha…
..mais uma vez, obrigada!