puericultura simplex

pés

A A. fez hoje seis meses. Para ser como dizem as médias, virou-se ontem à  noite sozinha pela primeira vez de barriga para baixo e hoje aguentou sentada sem apoio uns breves segundos. E nós, para comemorar, por instintivamente me parecer certo e por acreditarmos no que diz a OMS, experimentámos dar-lhe um primeiro lanche diferente de todos as que tinha tomado até então. Ao contrário da E. que, por estudar atentamente as nossas refeições, soube um mês mais cedo ao que vinha a colher e o seu conteúdo, abrindo sem hesitar a boca, a A. ainda não está muito interessada no assunto e, se pudesse, dir-me-ia certamente que acha muito mais estimulantes para o palato os seus próprios dedos dos pés.

Surpreendem-me sempre as diferenças entre as duas, e nunca saberei quantas se devem ao método simplex que aplicamos ainda mais agora do que quando fomos pais de primeira viagem. A A. não tem e passa bem sem uma data de coisas que fazem geralmente parte daquilo que é quase o tuning dos bebés: não tem chucha (porque não quis) nem biberão nem a parafernália de acessórios destes dois acessórios, não tem mudador e ainda não tem sapatos, não usa outro cosmético que não o vulgar e maravilhoso óleo de amêndoas doces, raramente anda no carrinho e os pais não carregam um saco especial por causa dela (mesmo que os haja lindos e que comprar sacos, carteiras e carteirinhas seja uma das tentações da mãe). Por outro lado tem mimo a rodos, bochechas cor de rosa e um sorriso de parar o trânsito (o que é que se pode querer mais?).

Comments

15 responses to “puericultura simplex”

  1. nat Avatar

    Então muitos parabéns à  A. e aos pais. E à  irmã também :)

    E realmente não se pode querer mais nada…

  2. Amélia do Benjamim Avatar

    …dedos dos pés :))

    … simplex… :))

    Digamos que a tua Amélia é um docinho!

    Parabéns e muitos beijinhos na bochechinha!

    (Adorei a foto da Elvira com o cravo. Nem consegui comentar. É agora: Fica-te bem, menina e moça)

  3. Vera João Avatar

    Depois da minha filha nascer é que me apercebi que nos impingem e oferecem coisas de mais, principalmente roupas e produtos para bebé. Sobraram muitas coisas cá em casa, algumas roupas oferecidas que não chegaram a ser estreadas (não davam jeito nenhum e vendo a composição do material foram chumbadas por mim) e frascos que não chegaram a ser abertos. Às vezes vejo as futuras mães nas parafarmácias a levarem os kits todos, dá vontade de chegar e dizer… não vai precisar de tanto e ocupa espaço.

  4. Zelia Avatar

    Pois é, now you said it! Tantas coisas que não servem para muito… e aposto que é tão feliz, ou mais, do que esses outros bebés que tem sapatos(heheeh)

    bjs

    Zelia

    a doula tola;)

  5. Elsa Castelo Avatar

    Parabéns, linda Amélia!

  6. mary Avatar
    mary

    mais nada*

    Mary

  7. ana Avatar
    ana

    e mai nada :)*

    tens umas filhas lindas

  8. ana Avatar

    eu também não usava biberão… mas era com medo de ser enganada… só bebia leite da minha mãe! a água a a. bebe do copo já? a chucha é qu só deixei porque o meu irmão mais novo não gostava e era uma vergonha eu tão crescida andar de chucha e ele não! ;)

  9. Claudia Avatar

    Eu gosto de maes simplex’s.

    Aqui onde vivo, as maes tem que ser simples, pois subir escadas com bebes e as tralhas todas nao e’ facil (nao ha elevadores).

    Menos ruido mental e’ sinal de mais felicidade!

    Parabens Amelia!

  10. acastro Avatar
    acastro

    confirmo que é mesmo um docinho cor-de-rosa sorridente…

    rosa, já lá tens a foto na pool.

  11. mãenuela Avatar
    mãenuela

    Tenho 4 filhos ja adultos e uma neta.

    Quando eram pequenos não havia este exagero de equipamento para crianças, ou se havia eu não dei conta. Só quando o meu sobrinho mais velho nos veio visitar ao Porto, com a mulher e a filha na altura com 6 meses, é que eu percebi porque é que agora NINGUEM pode ter 4 filhos! só com 1 o carro fica cheio de tralha: cadeira, carrinho, saco das fraldas, mala da roupa, alcofa, cama desmontável, mochila para o pai, eu sei lá que mais.

    Imagino o peso que todo este material deve ter no orçamento de um casal em inicio de vida.

  12. madalena Avatar

    Ola amiga

    Ha ja algum tempo que visito o teu blog, mas ainda nao tinha postado nada. Ate agora.

    E magnifico ser mae. Ainda nao encontrei nada que podesse colocar no mesmo patamar.

    O teu blog e o maximo. So nao entendi o que é e para que serve essa tirinha de tecido que apresentas-te,.

    É muito linda e tem em desenho de cortar a respiraçao.

    Continua porque tens muito jeito.

    Sempre que poder passo por ca.

    Beijos

    Madalena.

  13. marta Avatar
    marta

    Por acaso, por instinto, por tradição familiar e por falta de dinheiro, também não tive parafernália quase nenhuma com o primeiro – apenas o carrinho e a cadeirinha do carro. A “chucha” passou da mama para o dedo, o biberão só existiu estava ele desmamado e andando (tinha por cá uns biberões oferecidos, ele experimentou ao pequeno almoço cerelac líquido e foi um castigo para lho eliminar da dieta…), passava por pobrezinho por andar descalço, mesmo no inverno… A segunda teve o mesmo tratamento, o terceiro nem desmamado está ;).

    Montes dos gadgets de que me falam custam, segundo percebo, os olhos da cara e só servem para afastar os bebés do contacto pele a pele com as mães (e pais). Não os ter acaba por ser, também, uma forma de poupança: de dinheiro e energia a pensar em coisas supérfluas.

    Em contrapartida, não sei se aderiste mesmo à s fraldas de pano, mas eu cá continuo a dizer que depois da penicilina e da pílula, a fralda descartável é uma das grandes invenções do século XX.

    beijinhos, estão lindas, claro, as tuas filhas!

  14. Andrea Avatar
    Andrea

    Nada como descomplicar… Isso e ter a sorte de poder dar de mamar exclusivamente.

  15. luvster Avatar

    Ainda não tenho filhos, mas sinceramente, o que à s vezes vejo, parece-me também um exagero.

    Ao fim ao cabo, ter um bebé é para muitos, mais um acessório, um ornamento, do qual o tuning faz parte e é objecto de um exagero da parte dos pais, que pensam que o sinónimo de amar é comprar.

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