Era uma vez a Lã, documentário de Sofia Leite para a RTP1 rodado entre 2021 e 2022, estreou a seguir ao Natal. Para os que estamos do lado de dentro, por mais longo que fosse saberia sempre a pouco mas a julgar pelos comentários e partilhas trouxe a quem viu informações curiosas e inesperadas. E ensinou a muitas pessoas o nome de uma raça autóctone que me é particularmente querida, a Churra Badana.
Não consigo ser muito optimista relativamente ao panorama da lã, em Portugal ou no mundo. Há dias em que celebro os nossos pequenos feitos. É verdade que já salvámos (palavra que já soa a greenwashing) bastante lã Badana de se transformar em lixo, que a transformámos num bom fio, que desse fio nasceu um casaco, que esse casaco levou a lã Badana onde ela nunca tinha ido, que o fizemos e fazemos de forma auto-financiada e como projecto de longo prazo. Mas é sempre uma gota de água num oceano imenso a cujo fundo não se chega.
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