A A. entrou pela primeira vez no sling com duas ou três semanas de vida e desde aà provavelmente não passou um único dia sem ele (ou melhor, sem eles, porque de lá para cá ficámos com uma verdadeira colecção). Não querendo parecer que estou a exagerar, acredito que a nossa vida teria sido diferente e mais difÃcil sem a ajuda do precioso acessório. Com um high-need baby de um lado e uma menina pequenina do outro, houve muitos dias em que estive no limite das minhas forças, e o sling funcionou como um terceiro braço com poderes mágicos. Por causa dele não cheguei a usar a cadeirinha que tinha comprado, aprendi imenso sobre as mil e uma maneiras de trazer os filhos à s costas e contagiei muita gente com o meu entusiasmo.
Posts Tagged ‘porta-bebés’
slingando no mundo
A desacelerar em direcção às férias, seguiram hoje os últimos slings da temporada. Uns para o outro lado do mundo, outros para bebés ainda na barriga e alguns para mães e pais a quem (como a mim) um só não chega. Em Setembro vou ter prontas as novas etiquetas, com instruções de lavagem de um lado e espaço para escrever o nome e o telefone do outro (lembrei-me que podia ser útil porque um dos meus slings se perdeu dos donos em Viana do Castelo e nunca regressou a casa).
PS: na minha ausência, quem estiver em Lisboa e precisar de um sling pode ir à A Cadeirinha (R. Duarte Pacheco Pereira, 28 E) ou à Quer.
rectângulo de ouro
Capulana, by Marina Thomé.
(o assunto tecidos africanos está longe de esgotado)
Aquele que é (parece-me) o porta-bebés mais popular do continente africano, e o antepassado dos slings, é simultaneamente uma das peças de roupa mais universais: um rectângulo mais ou menos dourado de tecido, vulgarmente usado como saia em muitas partes do mundo. Aprendi a chamar-lhe capulana, mas tem muitos outros nomes (kitenge, sarong, pareo, etc.).
Como porta-bebés, a capulana pode ser atada a tiracolo (um e outro exemplo de Moçambique). Com um bebé que já se senta bem, esta posição é bastante fácil de conseguir. Mais complexa, mas muito confortável assim que se apanha o jeito, é a forma de atar a capulana com o bebé nas costas (como se vê nas fotos, nesta ou nesta). Esta posição é usada para transportar bebés pequeninos e grandes, e a A. adormeceu da primeira vez que a experimentei. Por cá, a ginástica necessária à prática chocaria certamente os transeuntes (se até o sling ainda suscita tantos comentários), mas para um passeio pela praia é altamente recomendável.
Belecando (vÃdeos): bebé a tiracolo e bebé nas costas.
na rede
Os meus slings preferidos são os de algodão mas, nos dias de maior calor ou enquanto se molha os pés na praia, talvez seja ainda melhor usar um de rede. Por isso estou a experimentar fazer uns novos, com tecidos dos que se usam nas roupas de desporto, todos aos furinhos.
A galeria de bebés slingados vai crescendo, e um deles é a linda Phoebe.
tecidos do mundo
more textiles piled high. Originally posted by suttonhoo
Pouco antes do seu regresso, combinei com a minha irmã que ela me traria alguns tecidos da Guatemala pois, desde que comecei com os slings, passei a interessar-me ainda mais pelos panos que tradicionalmente se usam para transportar os bebés em várias partes do mundo, e muitÃssimo na América Central (♥ ♥ ♥ ♥). Aos africanos é relativamente fácil chegar e adoro usá-los nos slings mas nos americanos nunca tinha pegado. A Ana diz que eram todos tão lindos que a dificuldade estava na escolha, e não me espanta. Vieram de Panajachel, junto ao lago Atitlan, onde foram tecidos à mão, assim. Cada um tem tamanho que chegue para um sling (e que slings magnÃficos darão) mas quanto mais olho para eles mais perco a coragem de os cortar. Talvez precise só de os namorar mais algum tempo…
shop update
Continuo a explorar o This Next. Gostava de ver as listas das pessoas que desejaram as minhas recomendações, mas é uma funcionalidade que o site ainda não tem (já a sugeri). Essas e outras pessoas que tenham aderido podem deixar um comentário com um link para o seu ThisNext by?
Ãfrica*4
A julgar pelos posts em vários blogs (este, o da Ana, o da Vera e tantos outros) e pela quantidade de fotografias no Flickr (aqui está reunida uma pequena amostra), o toldo concebido pela arquitecta Teresa Nunes da Ponte para o Jardim da Gulbenkian é mesmo um sucesso. A mim fez-me gostar ainda mais de tecidos africanos e, apesar da complexidade de cada padrão, de os ver justapostos. Daà aos novos slings, foi um pulo
then and now
O guia Primeiro Ano editado pela Pais&Filhos que acaba de sair dedica uma secção ao babywearing. Eu continuo rendida à prática e já não sei o que é viver sem os slings. Experimentei há dias tirar (pela segunda vez nos oito meses de vida da A.) o carrinho de casa e nem queria acreditar no trabalho que dá (pega no bebé, pega no carrinho, desce as escadas com o bebé e o carrinho, abre o carrinho com o bebé debaixo do braço, instala o bebé, sai para a rua, desce o passeio por causa do caixote do lixo, sobe o passeio, desce o passeio por causa do carro mal estacionado, sobe o passeio, tenta não perder a filha mais velha pelo caminho, desce o passeio por causa do pilarete anti-estacionamento, sobe o passeio, empanca no buraco do passeio, etc. etc. e ainda ia só a meio da rua)! Bem sei que há bairros com passeios mais largos e pessoas que andam mais de carro e menos a pé mas, mesmo assim, acho que o sling bate aos pontos o carrinho mais high-tech. E não sou só eu: o grupo do Google já tem 84 inscritos e, por aqui e por aqui não páram de aumentar os bebés satisfeitos (♥ ♥ ♥).
vestir-me-a
Se tivesse de escolher um acessório indispensável à minha vida de (bi-)mãe, era sem dúvida o sling. Tornou-se-me de tal maneira indispensável e facilita-me tanto a vida que tenho de controlar o exagero nos adjectivos e a vontade de espalhar a boa nova. Por tudo isso e por ter vontade de pôr em contacto umas com as outras, por um lado, as pessoas que partilham esta experiência e, por outro, as pessoas que estão a começar ou têm vontade de experimentar, resolvi criar um grupo de discussão aberto a todos: chama-se Babywearing Portugal e há-de servir para o que se quiser fazer dele: tirar dúvidas, partilhar experiências, sugerir links, etc.
(…e a incrÃvel coincidência de me encontrar apanhada – em flagrante babywearing – pela objectiva de uma desconhecida).
tele-babywearing
Esta manhã fui com a Marta ilustrar uma reportagem sobre babywearing para o programa Portugal em Directo, da RTP1. Em princÃpio a peça será exibida durante a próxima semana.