Year: 2006
-
aprendiza de feiticeira
A minha menina cresceu de repente. Nos últimos meses aprendeu tantas coisas que parecem demais. Quero listá-las e perco-me. Aprendeu cada um dos meus gestos a tratar da irmã e imita-os ao pormenor. Faz-nos rir (e à s vezes perder a paciência) com o jeito para argumentar e regatear, surpreende-nos com os desenhos, as histórias, as…
-
4 semanas
Irrepetíveis. Tenho tanto que escrever mas também tenho uma menina a querer brincar comigo e outra a querer acordar. É bom ser mãe de 2.
-
oficina fio
Há algumas semanas fui contactada pela Tita Costa, que se dedica a tingir lãs com pigmentos naturais. Pedi-lhe algumas amostras e fiquei rendida – já estou cheia de vontade de pegar nas agulhas de tricot* outra vez. As cores são lindas e ainda gosto mais delas por saber que são obtidas com feijão preto, uva…
-
porto doce
Do Porto, onde parece que me lêem as vontades: garfinhos da (minha tia-avó) Bgi (ainda melhores do que areias) e doce destas abóboras da Elsa e do Luciano.
-
pública
19 Novembro 2006 Pública, “Objectos Privados”, p. 82.
-
e pur se muove
Contra todas as evidências, lá fora o tempo não parou. Prova disso são as cantigas novas que a E. traz da escola todos os dias (lembro-me mas não sabia que me lembrava de quase todas – estranha máquina, o nosso cérebro) e o correio: tecidos japoneses oferecidos pela Anna Dilemna, pintinhas espanholas descobertas pela Ana…
-
das coisas por escrever
1. Cada vez que olho para ela penso que nunca vai voltar a ser tão pequenina e quero comê-la com os olhos e com beijos. 2. Tentar dar atenção à s duas ao mesmo tempo nunca funciona. 3. A E. tem dores imaginárias desde que a irmã nasceu mas exibe-a com orgulho à s visitas como se…
-
by appointment
Ainda antes de escrever qualquer um de muitos outros textos que me apetecem e com uma ressalva*, um momento de publicidade gratuita aos dois produtos que me pouparam a um mês garantido de sangue, suor e lágrimas como o que passei quando a E. nasceu, e que só não me fez desistir de a amamentar…
-
superpoder ser
o teu pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar, ceia, bocadinho de qualquer coisa, chão e linha do horizonte.
-
equilíbrio
E. para o pai que a adormecia, numa das noites que passei na maternidade: Papá, tu és o meu tronco. (e o meu também).