Uma das exposições patentes no Museu de Etnologia (a Mary também viu) apresenta (a propósito do trabalho de uma artista plástica contemporânea) lindíssimos panos tradicionais de Cabo Verde e Guiné Bissau. São compostos por várias faixas estreitas tecidas em tear manual cosidas umas à s outras. Parecem já ter deixado de fazer parte (ou quase) da maneira de vestir do nosso tempo, tendo provavelmente sido gradualmente substituídos a partir do século XIX (como na Europa), por tecidos decorados por estampagem (muito mais baratos e em boa parte importados). A tradição no entanto subsiste (pelo menos em parte) graças ao folclore e à procura global(izada) do que é étnico. On-line, encontra-se a Artissal (uma associação de Tecelagem tradicional que produz artigos artesanais de qualidade e promove um projecto de desenvolvimento comunitário na Guiné-Bissau) e uma página norueguesa – The Capeverdean pano – a unique handicraft – com o contacto de Henrique Sanchies, tecelão caboverdeano.
A exposição inclui ainda um conjunto de capulanas da colecção do MNE, recolhidas nos anos 90 na Guiné. A legenda chama-lhes panos legós, designação (local?) que o Google desconhece.
Mais informação:
Guião do Museu Nacional da Guiné-Bissau, no blog Senegâmbia.
Panos revelam costumes da Guiné Bissau: sobre uma exposição de panos guineenses no Brasil.
Guiné Bissau – Arte e Cultura: página da associação Acção para o Desenvolvimento com fotografias não datadas de artefactos guineenses.
Leave a Reply