Depois de uma manhã de workshop, um fim-da-tarde memorável no Rossio, a assistir ao V Desfile da Máscara Ibérica. Mesmo fora do contexto, na estação errada do ano, a centenas de quilómetros das suas terras de origem e rodeados de turistas, vale a pena ir ver estes monstros chocarreiros aos pulos, vestidos de peles, de folhas, de retalhos e de cobertores. A A. ficou com imenso medo e eu com imensa vontade de viajar mais pela península. Depois de namorar os muitos bordados e meias, lenços e passamanarias que fui vendo passar, o último grupo – Los Toros y los Guirrios de Velilla de la Reina (Leão) – trazia uma surpresa (para mim):
Uma das senhoras mais velhas trazia à s costas um boneco a fazer de bebé, atado de uma maneira que nunca tinha visto em imagens da Península Ibérica (quantas outras haverá e quando é que vão ser estudadas?): envolto num pano de lã e seguro por umas tiras de malha feitas da mesma lã. Tive de ir ver mais de perto e pedir à senhora que me mostrasse melhor as ditas tiras. Disse-me que levavam assim os bebés tanto para o trabalho do campo como para bailar, e que o pano só era mudado ao fim do dia, o que me pôs outra vez a pensar no assunto das fraldas e da relação deste com o babywearing…
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