Linda, linda, Amélia.
Posts in Category ‘Gravidez 2’
40 semanas (bis)
…e 31 anos, hoje. Em acordo com a obstetra, decidimos dar a este bebé todo o tempo possÃvel para mudar de ideias quanto à posição em que quer vir ao mundo. O prazo termina na sexta-feira. Por muito que desejasse um parto assim (entre médicos mas o menos médico possÃvel), já estou mais em paz (de nada vale não estar) com a ideia da cesariana. Venha ela, e com ela esta menina.
40 semanas
Apesar da lua, cá estamos. Cada vez mais quase.
39 semanas
39 semanas
Às 39 semanas uma grávida deixa de ser saudada com Então, está quase? para passar a ouvir Então, ainda? o tempo todo. Da primeira vez uma pessoa sente-se um bocadinho fora de prazo (e às vezes desespera), mas à segunda é diferente. Sobretudo se, como no meu caso, o mais provável é não vir a haver uma terceira. Por muita vontade que tenha de ver a cara deste bebé, de lhe pegar, de o cheirar, etc. etc. (neste momento nem as noites mal ou não dormidas me preocupam), por muito grande que esteja a ficar, cada um destes últimos dias é precioso.
38 semanas (bis)
rosa. Originally uploaded by *L.
Parece-me que já não faltam muitos dias. A E. sentiu anteontem pela primeira vez inequivocamente os movimentos da irmã. Abraçada e de cara encostada à minha barriga (rebaptizada mundo e diariamante usada como cenário para as brincadeiras dos playmobils), saltou e riu com entusiasmo a cada empurrão do outro lado da pele. O movimento constante e a sensação de que reage muito mais ao mundo exterior (sobretudo à voz da E.) e de cada vez que lhe pouso a mão sobre a cabeça, descansam-me e libertam-me do exercÃcio um bocado angustiante da contabilidade de movimentos das últimas semanas. Não sei se é caracterÃstica dos bebés pélvicos, mas está a ser uma experiência muito diferente da primeira quando, depois de dar a volta, a E. se limitava a ir dando sinais, suficientes mas não tão constantes, de que tudo estava bem.
E links:
Jasper Boyd: um relato extraordinário e com final feliz.
Llantos y rabietas e The Baby Book lidos pela Mariana.
38 semanas
38 semanas reflectidas nos vidros duplos das nossas futuras janelas. Não foi fácil despedir-me das antigas, mas tenho tentado ver a coisa pelo lado positivo: não ter uma recém-nascida cheia de frio, não ter de se vestir qualquer coisa extra quando se chega a casa no Inverno, não desperdiçar tanta energia…
Comecei hoje a rotina dos CTGs: como nas últimas semanas da gravidez da E. soube-me bem aquele descanso morno ao som dos corações de todos os bebés da sala. Sem novidades (e sem perspectivas animadoras quanto ao recobro da cada vez mais provável cesariana), agora é esperar e gozar cada bocadinho destes últimos dias 2 em 1.
Ainda sobre cesarianas (obrigada por todos os emails e comentários), emprestaram-me (obrigada PatrÃcia) e recomendo o livro do obstetra Michel Odent sobre o assunto.
Links: uma barriga, um inquilino abusador e uma mãe pensante.
37 semanas (bis)
A juntar às maravilhas oferecidas pela Catarina e pela Mary, este bebé que ainda nem nasceu recebeu um boneco da Trish, chegado de surpresa e acompanhado por três pares de carapins (doce palavra) mais do que perfeitos. Face à pandemia de bonecos de pano dos últimos três anos, sabe bem ver (e ainda melhor tocar) o cuidado e o gosto com que são feitos estes ou a frescura de trabalhos como os da dupla Piece of Cake. Thank you Trish!
Do lado de dentro não há ainda novidades. Depois de hesitar durante vários dias decidi não tentar a famosa acupunctura ou moxibustão (esta nem sei onde poderia fazer) nos mindinhos dos pés. O melhor artigo que li sobre o assunto foi este, do qual a ideia de que se o bebé está naturalmente de cabeça para cima pode ser que tenha boas razões para isso me pareceu válida e sensata. Isto por muito que tenha chorado depois de saber que uma cesariana implica duas horas de recobro, i.e., separação entre a mãe e o recém-nascido (duas horas, quando eu e a E. não estivemos separadas mais de dez minutos que ainda assim foram os mais longos de toda a minha vida). A ver vamos o que acontece nos dias ou semanas que faltam, e afinal são muitas as histórias de bebés que resolveram dar a volta em pleno trabalho de parto.
37 semanas
…quer dizer ir cortar o cabelo e pedir à Sabine um corte ainda mais wash and go (sem precisar de pente, secador ou espelho) do que o costume, ver a barriga mesmo nas fotografias em que não se pensava incluÃ-la, sonhar tanto acordada como a dormir e cada vez mais com a cara e cada bocadinho deste bebé, comprar soutiens de amamentação da marca que melhores provas deu no campeonato anterior e agradecer aos designers da Pepe Jeans terem resolvido integrar na nova coleccção o mesmo feitio de blusas para gente sem e com perÃmetros abdominais acima de 1m. E também quer dizer muitas outras coisas.
A rósea grávida da fotografia vem de um dos melhores livros que a E. recebeu este ano: a história de Drago (por Soledad Bravi), o dragão guarda-florestal que cospe água em vez de fogo, e de Dragone, a imprevidente dragoa que fala por paráfrases.
wip
Enquanto o meu grande work in progress cresce sozinho e ocupa os últimos centÃmetros livres (mas porque é que quando, na Primavera, comprei calças de grávida não me lembrei do que as ancas alargam durante os nove meses, independentemente de se ganhar só o peso recomendado?) outros projectos pequeninos vão tomando forma. Tive estes tecidos escolhidos e prontos durante mais de uma semana até ganhar coragem para os cortar. São quase todos japoneses e tenho-os coleccionado ao longo de três anos sem perceber como pareciam feitos uns para os outros. Apetece-me ter qualquer coisa lenta e morna para fazer nos últimos serões desta espera, pontinho a pontinho…